PRODUÇÃO DE CARCARÁ, NO PRÉ-SAL, DEVE TER INÍCIO SOMENTE EM 2022

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –

Lincoln Guardado - QGEPA Queiroz Galvão Exploração e Produção teve uma queda nos lucros do último trimestre, para R$ 46,5 milhões, ante R$ 95,2 milhões no mesmo período de 2015, mas está otimista com o andamento de suas atividades. O presidente da QGEP, Lincoln Guardado, conta que o levantamento sísmico dos blocos na Bacia do Pará-Maranhão está em andamento e que estão com a expectativa positiva em relação à entrega do FPSO Petrojarl I – que atuará no campo de Atlanta, no pós-sal da Bacia de Santos – ainda para este ano. A previsão para o início da produção, com dois poços, está mantida para o final de 2016 e deve começar com 20 mil barris por dia, mas um terceiro poço pode ser perfurado em 2017 para aumentar o potencial do Sistema Antecipado, que ficará em atividade por três anos antes do Sistema Definitivo. Já a área de Oliva só terá seu destino detalhado após esse segundo passo em Atlanta, enquanto a área de Carcará, no pré-sal, operada pela Petrobrás, deve iniciar a produção apenas depois de 2022, como vem avaliando a estatal, segundo Guardado, que evitou precisar uma data. “Ainda não temos nada para Carcará, que só deverá ocorrer de 2022 para frente, como o operador está pensando. Mas não temos uma definição ainda”, afirmou.

Em que passo estão os projetos da empresa?

Estamos indo bem. Começamos as operações de sísmica no Pará-Maranhão e estamos aguardando a vinda do FPSO no fim deste ano para iniciar a produção no campo de Atlanta. Ele já está contratado, em fase de adaptação na Holanda, com a Teekay.

Qual a expectativa de produção inicial?

O FPSO terá capacidade para produzir 30 mil barris por dia, mas devemos começar com 20 mil barris diários no final do ano.

Como está o planejamento de perfuração de poços?

Esta produção inicial está prevista para ocorrer interligada a dois poços e provavelmente no outro ano, em 2017, iremos furar um terceiro poço para ser posto em produção também. Então está andando dentro dos planos. Houve alguns atrasos do FPSO, mas as coisas estão seguindo dentro de uma razoabilidade bastante boa e aceitável.

E qual o planejamento em relação ao campo de Oliva?

Oliva ainda depende do avanço de todo o processo de Atlanta, e do desenvolvimento futuro de Atlanta. Então Oliva será pensado após a decisão do sistema definitivo. Não agora.

Quais os prognósticos de produção para os próximos anos?

Vai depender exatamente das decisões que a gente venha a tomar em relação ao sistema definitivo de Atlanta. Além disso, ainda não temos nada para Carcará, que só deverá ocorrer de 2022 para frente, como o operador está pensando. Mas não temos uma definição ainda.

A empresa fez uma apresentação na OTC, em Houston, em que falava sobre os prognósticos para 2020. Como está esse quadro?

Em 2020, o potencial aumento de produção vai estar ligado à decisão do sistema definitivo de Atlanta, que dependerá dos resultados que teremos nesses três anos de produção do sistema antecipado. Então esse pode ser o crescimento que esperamos ter em 2020. O projeto hoje é para uma produção de pico de 70 mil barris por dia na área, mas obviamente vai depender de tudo aquilo que obtivermos com relação a esses dois ou três poços que nós vamos produzir agora. Esse é um processo que ainda terá decisões no futuro.

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