EQUINOR ESCOLHEU A MODEC PARA CONSTRUIR O FPSO QUE IRÁ PRODUZIR NO BLOCO BM-C-33, NA BACIA DE CAMPOS

Um novo e importante contrato que promete reverberar no setor de óleo e gás nesta quarta-feira (10). A japonesa Modec foi escolhida pela Modec para construir o navio-plataforma (FPSO) que irá operar no bloco BM-C-33, na Bacia de Campos. A empresa asiática disse que a embarcação será “uma das instalações mais complexas” de toda a sua história. O FPSO terá capacidade de produzir aproximadamente 125 mil barris de petróleo bruto por dia, bem como produzir e exportar cerca de 16 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. A Modec irá operar a plataforma no primeiro ano de atividade. Depois desse período, a operação da unidade deverá passar para as mãos da Equinor. O navio deve produzir o primeiro óleo no ano de 2028.

De acordo com a Modec, o acordo firmado com a Equinor é um contrato turnkey de duas fases, cobrindo tanto o projeto de engenharia de front-end (FEED) quanto a engenharia, aquisição, construção e instalação (EPCI) para toda a embarcação. Após a conclusão do FEED, que teve início em abril de 2022, a empresa japonesa garantiu a execução da segunda fase do contrato, referente à obra EPCI para o FPSO. A Modec será responsável ainda pelo projeto e construção do navio-plataforma, incluindo equipamentos de processamento de topsides e sistemas marítimos de casco.

“Estamos extremamente honrados e orgulhosos por termos sido selecionados para fornecer um FPSO para o projeto BM-C-33. Estamos igualmente orgulhosos da confiança que a Equinor obviamente tem na Modec. Acreditamos que este prêmio representa uma forte relação de confiança entre nós construída sobre o projeto FPSO Bacalhau, que está em andamento, bem como nosso histórico robusto na região do pré-sal. Estamos ansiosos para cooperar estreitamente com a Equinor e parceiros para tornar este projeto um sucesso”, disse o CEO da Modec, Takeshi Kanamori.

O FPSO terá design de casco duplo completo, desenvolvido para acomodar topsides maiores e maior capacidade de armazenamento do que os navios-tanque VLCC convencionais, com uma vida útil mais longa. Aproveitando esse maior espaço na superfície, a Modec destaca que este FPSO será o segundo totalmente eletrificado, equipado com um sistema de ciclo combinado para geração de energia – que deverá reduzir significativamente as emissões de carbono em comparação com os sistemas convencionais acionados por turbinas a gás.

O bloco BM-C-33, localizado em lâmina d’água de até 2.900 metros, foi descoberto pela Repsol Sinopec em 2010 e a Equinor assumiu a operação em 2016. O conceito selecionado para o BM-C-33 é baseado em um FPSO capaz de processar gás e óleo/condensado e especificá-los para venda sem a necessidade de processamento posterior em terra. Para lembrar, no início desta semana, a Equinor chegou à decisão final de investimento para o desenvolvimento do bloco BM-C-33, localizado a aproximadamente 200 km da costa e em profundidade de até 2.900 metros. A área compreende a descobertas diferentes no pré-sal (Pão de Açúcar, Gávea e Seat). Ao todo, serão investidos US$ 9 bilhões no bloco. A Equinor opera a área com 35% de participação, em parceria com Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobrás (30%).