ESTADOS UNIDOS INVESTIGAM CORRUPÇÃO NA PDVSA, COM ACUSAÇÕES DE PEDIDOS DE ATÉ 10% EM PROPINAS

Rafael-RamirezNão é só a Petrobrás que caiu na mira dos investigadores americanos. Depois da Lava Jato impactando a estatal brasileira dentro e fora do país, agora é outra estatal que começou a ser investigada nos Estados Unidos por casos de corrupção. Trata-se da petroleira venezuelana PDVSA, que responde por uma parte significativa da economia do país comandado por Nicolás Maduro.

De acordo com reportagem do Wall Street Journal, autoridades americanas estão investigando políticos venezuelanos para descobrirem se eles usaram a PDVSA para desviar bilhões de dólares durante o governo Hugo Chávez. Há suspeitas inclusive de que contas bancárias da estatal no exterior poderiam ter sido utilizadas para fins ilegais, como operações de câmbio paralelo e lavagem de dinheiro proveniente de drogas.

Um dos dirigentes venezuelanos apontados como alvo da investigação seria Rafael Ramírez (foto), ex-ministro de Energia, ex-presidente da PDVSA e atual embaixador de seu país nas Nações Unidas. Ele aproveitou sua conta no twitter para se manifestar sobre as notícias.

Em quatro mensagens, ele se defendeu com acusações e fez diversas citações a Hugo Chávez. Veja as publicações de Ramírez condensadas, em tradução livre do espanhol para o português:

“Hoje a infâmia e a miséria dos inimigos do povo se voltam com seus grandes meios contra meu nome e contra o comandante Chávez. Essa nova campanha quer nos cobrar pela recuperação e transformação revolucionária da PDVSA. Graças a Chávez o petróleo é do povo. Não nos perdoam a expulsão das petroleiras que saqueavam o povo, a derrota da sabotagem petrolífera, nem que a PDVSA seja um bastião de Chávez. Estes ataques, longe de nos fazer curvar-nos, nos fortalecem e nos mantêm firmes no combate. Viva Chávez!”.

Dentre as acusações citadas pelo jornal americano, está a indicação de que o primo de Ramírez, Diego Salazar, atuaria como intermediário em algumas negociações. Em uma delas, referente a um negócio de US$ 1,5 bilhão com um grupo espanhol, o texto aponta que eles chegavam a pedir 10% de propinas – US$ 150 milhões neste caso –, o que deixaria os 3% calculados nos escândalos da Petrobrás bem para trás. Aliás, é o mesmo percentual que as previsões do mercado de investidores faz para a retração da economia venezuelana neste ano: também de 10%.

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