ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL RECEBERÁ APORTE DE R$ 380 MILHÕES
Os estaleiros nacionais passam por uma situação delicada com a falta de projetos e investimentos. O cenário é bem diferente do de alguns anos atrás, quando a indústria naval passava por um crescimento devido às regras de conteúdo local. O Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, é um exemplo, com prejuízo de R$ 379,24 milhões ao final de 2015. Para reverter esse quadro, a Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, controladoras do estaleiro, decidiram aportar R$ 380 milhões.
“O suporte reflete a confiança dos acionistas na administração e no futuro do EAS, e é realizado com objetivo de munir o EAS com recursos necessários para implementação do seu plano de reestruturação”, trazia nota emitida junto às demonstrações financeiras auditadas das empresas.
A situação financeira do Atlântico Sul é delicada, com uma dívida acumulada de mais de R$ 2,1 bilhões, com R$ 455, 7 milhões vencendo até o final deste ano. Ao fim do ano passado, o caixa da empresa era de R$ 141,22 milhões e patrimônio líquido de R$ 45 milhões.
Os maiores problemas do Atlântico Sul começaram no último ano, com o cancelamento do contrato de construção de sete navios-sonda para a Sete Brasil, por inadimplência da empresa criada para construir e administrar as sondas da Petrobrás no pré-sal. Investimentos chegaram a ser feitos pelo estaleiro, mas nenhum navio chegou a ser entregue. A redução de uma encomenda da Transpetro, originalmente de 22 navios gaseiros para 11, veio para piorar a situação neste ano.
Aportes são sempre bem vindos mas, por quanto tempo? E não só esse mas, tantos outros serão necessários.
E a quem será atribuída a responsabilidade da gestão desses recursos?
Tem que ter cabeça fria e pulso forte senão, será mais um oba oba sem fim!