ODEBRECHT INICIA VENDA DE ATIVOS E PLANEJA ARRECADAR R$ 12 BILHÕES ESTE ANO

OdebrechtEm meio ao auge da crise e da pressão decorrente dos escândalos revelados pela Operação Lava-Jato, a Odebrecht começa a buscar saídas para aliviar suas finanças. A empreiteira vem dando início a um programa de desinvestimentos e já colocou à venda um pacote de ativos com o objetivo de arrecadar R$ 12 bilhões ao longo deste ano, em medida que tem como foco a redução das dívidas que já superam os R$ 85 bilhões. Entre os projetos ofertados estão uma usina hidrelétrica e uma rodovia no Peru, além de participação em um bloco de produção de petróleo em Angola.

Assim como grande parte das empresas atingidas hoje pela crise na indústria nacional, a construtora procura agora desalavancar suas finanças. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o presidente do grupo, Newton de Souza, afirma que a companhia terá um comitê voltado à alienação dos ativos, que deverá abranger acordos de venda de participação, compartilhamento de controle e venda completa de diversos empreendimentos.

Em um primeiro momento, a arrecadação de valores deverá ser voltada à quitação das dívidas de cerca de R$ 10 bilhões da Odebrecht Agroindustrial, o que estaria próximo de acontecer, segundo Newton. Além disso, a empresa vem concedendo ações da Braskem como garantia em negociações com bancos, enquanto a petroquímica não é vendida. “É como se fosse uma garantia-ponte. Enquanto a gente não vende os ativos, usamos temporariamente as ações.”

A venda da Braskem vem sendo discutida com investidores e deve vir a se consolidar como a principal venda da empreiteira, que detém 36% de participação no negócio. O empreendimento também deverá ser largado pela Petrobrás, que anunciou no início do ano a intenção de vender seus ativos avaliados em torno de R$ 5,8 bilhões. Entre os investidores sondados estariam grupos internacionais, como a canadense Brooksfield.

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