ESTALEIRO EISA PETRO-UM VAI À JUSTIÇA CONTRA A TRANSPETRO

eisa petroO estaleiro Eisa Petro-Um, que fechou as portas em julho deste ano devido a dificuldades financeiras, entrou na Justiça contra a Transpetro nesta semana. A empresa, controlada pelo Grupo Sinergy e localizada em Niterói (RJ), afirma que a subsidiária da Petrobrás agravou o desequilíbrio financeiro da companhia ao se recusar a renegociar contratos para a construção de quatro embarcações. De acordo com o estaleiro, a soma dos custos adicionais ao acordo chegaria a R$ 384,3 milhões. A crise na empresa levou à demissão de cerca de 3,5 mil trabalhadores.

Por meio da nova ação judicial, o estaleiro afirma que a Transpetro, ao não conceder um reajuste nos acordos, afetou a empresa de forma a gerar grandes impactos financeiros e prejuízos com causas trabalhistas. Entre os problemas contratuais apontados pelo Eisa estariam alterações em partes específicas do projeto, falta de um planejamento básico que antecedesse o acordo e índices de reajuste defasados.

Contando hoje com cinco navios construídos pelo estaleiro, a Transpetro rompeu o contrato com a companhia para a construção de três navios Panamax. O objetivo da rescisão seria a obtenção de recursos com a seguradora para finalizar as obras em outras instalações. Em meio à crise agravada, o Eisa Petro-Um fechou as portas no início de julho, buscando “encerrar momentaneamente as atividades até que se consiga achar uma saída que possa garantir as mínimas condições de trabalho que todos merecem”, em comunicado emitido pelo Grupo Sinergy.

Em setembro, a 3ª Vara do Trabalho de Niterói determinou um bloqueio de R$ 56 milhões à Transpetro e ao Grupo Synergy para cobrir o pagamento das indenizações aos trabalhadores demitidos. A condenação determina que os estaleiros Eisa Petro-Um e Eisa Ilha devem pagar R$ 3 milhões por danos coletivos aos funcionários.

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