ESTALEIRO ENSEADA DO PARAGUAÇU RECEBE LICENÇA DE OPERAÇÃO
Um exemplo da morosidade de alguns processos de licenciamento ambiental no país é o aval que o estaleiro Enseada do Paraguaçu, sendo construído na Bahia, acaba de receber do Ibama. Apesar de já contar com uma grande carteira de encomendas, com pedidos de US$ 6,5 bilhões – incluindo as unidades em andamento no estaleiro Inhaúma, no Rio, controlado pela Enseada Indústria Naval –, o empreendimento ficou mais de oito meses esperando o órgão ambiental liberar a autorização para operar.
Apesar da previsão da licença ser para março, só agora ela saiu. O estaleiro, orçado em cerca de R$ 2,6 bilhões, tem entre seus contratos seis sondas encomendadas pela Sete Brasil, para a exploração do pré-sal.
O empreendimento fica na cidade de Maragogipe, a 150 km de Salvador, e pertence à Enseada Indústria Naval, cujos sócios são as empreiteiras brasileiras Odebrecht, OAS e UTC, com 70%, e o grupo japonês Kawasaki, com 30%. O grupo asiático ficou responsável por transferir tecnologia às empresas brasileiras envolvidas no negócio.
Com cerca de 1,6 milhão de metros quadrados de área, o estaleiro terá capacidade para processar até 36 mil toneladas de aço por ano com apenas um turno de operação. A previsão de entrega da primeira sonda para a Sete Brasil é para o segundo semestre de 2016, seguindo o cronograma de entregas até o início de 2020.
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