ESTUDO DA KPMG MOSTRA QUE POLÍTICA DA PETROBRÁS VOLTADA PARA O PRÉ-SAL ABRE NOVAS OPORTUNIDADES NO MERCADO
O processo de desinvestimento nos campos onshore no Brasil registrado recentemente na indústria de óleo e gás em virtude do preço do barril de petróleo e da recessão econômica ocasionada pela pandemia da covid-19 deve aquecer o setor e gerar um mercado promissor. É o que avalia o líder de energia e recursos naturais da KPMG no Brasil, Anderson Dutra. Para ele, a expectativa é que esse movimento se torne mais acelerado nos próximos meses, abrindo ainda mais oportunidades para o segmento no país. Com a venda recentemente dos campos impulsionada pela Petrobrás, que resolveu focar o plano de negócios no pré-sal e em campos de alta produtividade no Brasil, esse movimento deve criar novas oportunidades de investimento no setor, já que empresas mais enxutas em estrutura de custo e com expertise específico de recuperação de reservatórios conseguiriam espaço para avançar.
“Por terem um maior custo de operação por barril e uma produtividade mais reduzida, a tendência é que esse processo de venda de campos ocorra de maneira mais acelerada, trazendo oportunidades iminentes para a entrada de novos players no mercado. Apesar dos desafios, há um grande potencial a ser aproveitado no Brasil, que tem um volume considerável de barris e metros cúbicos de gás ainda não explorados e bacias sedimentares não varridas no interior do país”, analisa Anderson Dutra.
Ainda segundo ele, o desinvestimento nestes campos traz ainda a possibilidade do surgimento de operadores menores para reaquecer o segmento, sendo alguns deles brasileiros: “O verdadeiro potencial destes campos está na oportunidade de que outras novas empresas têm de aplicar ainda mais dinheiro no Brasil, investindo em polos que estão localizados fora do eixo Rio-São Paulo, aquecendo ainda mais outras partes do país em termos de crescimento econômico e até mesmo no surgimento de novas vagas para mão de obra especializada.”
Deixe seu comentário