EUROPA PODERÁ RECEBER O PRIMEIRO GÁS PELO GASODUTO NORD STREAM 2 JÁ NO DIA PRIMEIRO DE OUTUBRO
Os entendimentos entre Rússia, Alemanha e Estados Unidos aceleraram a conclusão do Gasoduto Nord Stream 2. A Gazpron já planeja começar a escoar gás natural já no próximo mês. A estatal russa do gás quer começar a enviar o combustível pela primeira etapa do link Nord Stream 2 para a Alemanha no primeiro dia de outubro. O momento dos fluxos reais para a rede de gás da Europa ainda dependerá de uma decisão do regulador alemão. A chegada desse gás pode proporcionar algum alívio aos mercados europeus de gás que enfrentam uma crise de oferta antes do início do inverno, com os preços já em um recorde. É também uma vitória para a chanceler alemã Angela Merkel, que apoiou o projeto por 10 anos diante da oposição de aliados importantes, como os Estados Unidos.
O Nord Stream 2 se aproximou do início das operações nesta semana, depois que o último tubo da segunda etapa havia sido soldado e deveria ser baixado para o fundo do mar. O próximo passo seria conectar as seções dinamarquesa e alemã antes que os trabalhos de pré-comissionamento sejam realizados. A Gazprom tem como objetivo o fluxo de gás através de ambas as linhas da ligação dupla sob o Mar Báltico até 1º de dezembro. A empresa já havia informado que o gasoduto poderia escoar 5,6 bilhões de metros cúbicos do combustível neste ano. O gasoduto, no entanto, ainda precisa receber certificação técnica e seguro, o que pode ser um desafio devido às sanções americanas impostas no ano passado. A operadora também precisa de um sinal verde preliminar do regulador alemão, que atualmente está considerando o pedido da Nord Stream 2 para o status de operadora independente de sistema de transmissão.
Para lembrar, inicialmente previsto para ficar operacional em 2019, o Nord Stream 2 sofreu repetidos atrasos, com os Estados Unidos ameaçando penalizar as empresas envolvidas na sua construção. As perspectivas de conclusão mudaram depois que o presidente Joe Biden decidiu renunciar a algumas sanções em maio e, em seguida, fechou um acordo com a Alemanha que alertava sobre retaliação se a Rússia tentasse usar a energia como arma contra a vizinha Ucrânia.
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