EX-CONTADORA DE DOLEIRO PODE SER CHAMADA PARA DEPOR NA CPI DA PETROBRÁS | Petronotícias




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EX-CONTADORA DE DOLEIRO PODE SER CHAMADA PARA DEPOR NA CPI DA PETROBRÁS

Alberto YoussefA ex-contadora do doleiro Alberto Youssef (foto), preso pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, por acusações de participar de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás, pode ser chamada para depor na CPI da Petrobrás, por conta das revelações feitas em relação às empresas que mantinham contratos com as consultorias do doleiro. Meire Bonfim Poza, que trabalhou por três anos com Youssef, deu entrevista à revista Veja afirmando que ele prospectava investimentos, emprestava dinheiro, cobrava taxas e promovia encontro de interesses entre as partes.

O relator da CPI mista que investiga suspeitas de corrupção relacionadas à Petrobrás, deputado Marco Maia, deve pedir a convocação de Meire Poza, para que ajude nas investigações realizadas pelo Congresso. A ex-contadora já prestou depoimentos à Polícia Federal e vem ajudando agentes a entenderem os documentos apreendidos com Youssef.

“Havia um fluxo constante de entrada e retirada de malas de dinheiro em pelo menos três grandes empreiteiras”, afirmou a ex-contadora à revista, informando que o esquema distribuía dinheiro entre deputados e senadores. Além disso, ela afirmou ainda que o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, atualmente preso por acusações de participação no esquema de lavagem de dinheiro, tinha relação direta com contratos relativos à Camargo Corrêa. Ela cita ainda as empresas OAS e Mendes Júnior como envolvidas.

Reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira (11) afirma que outras empresas mantiveram contratos com as consultorias de Youssef e de Paulo Roberto Costa e cita valores declarados à Receita Federal. De acordo com o jornal, os maiores repasses à MO, de Youssef, no valor de R$ 28,8 milhões, foram feitos pela Sanko Sider e pela Sanko Serviços de Pesquisa, seguidas por Galvão Engenharia, Consórcio Rnest e Coesa Engenharia, que repassaram R$ 4,1 milhões, R$ 3,4 milhões e R$ 1,7 milhão, respectivamente. A reportagem aponta ainda que a Mendes Júnior Trading e Engenharia repassou R$ 2,2 milhões à GFD, também de Youssef, em 2011, e R$ 1 milhão em 2012. Além disso, afirma que o Consórcio Mendes Júnior foi responsável por mais um repasse de R$ 2,7 milhões em 2012.

O jornal afirma também que Costa Global Consultoria e Participações, de Paulo Roberto Costa, recebeu R$ 3 milhões da Camargo Corrêa, R$ 600 mil da Queiroz Galvão, R$ 400 mil da Iesa Óleo e Gás e R$ 315 mil da Engevix Engenharia no ano passado, conforme os dados oficiais da Receita.

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