EX-PRESIDENTE DA OAS NEGOCIA DELAÇÃO PREMIADA E DEVE ENVOLVER LULA EM DEPOIMENTOS

Leo PinheiroA Operação Lava-Jato pode estar próxima de ganhar contornos políticos ainda maiores. Atualmente negociando com a Procuradoria Geral da República (PGR), o empreiteiro Léo Pinheiro (foto) decidiu fechar acordo de delação premiada para colaborar com as investigações, o que pode resultar em novas implicações contra o ex-presidente Lula. O executivo, que já ocupou a presidência da OAS e foi condenado a 16 anos de prisão por participação em esquemas de fraudes, seria figura próximo ao político e pode trazer novas informações à investigação sobre a reforma do apartamento tríplex no Guarujá.

Além de Pinheiro, outros funcionários da construtora deverão integrar o acordo, como o executivo Agenor Franklin Magalhães Medeiros. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o ex-presidente da OAS já vem preparando esboços de suas declarações à Justiça, que envolveriam detalhes de serviços prestados a políticos. A expectativa é de que a delação coloque lenha na fogueira das investigações contra Lula, que não enfrenta acusações formais mas vem sendo posto como alvo da Lava-Jato ao longo das últimas semanas.

Por envolver políticos com foro privilegiado, a negociação está sendo feita junto à PGR, em Brasília, e não com a força-tarefa de procuradores federais de Curitiba. Além de aumentar o foco sobre serviços ilícitos da construtora, o acordo deverá abranger os pagamentos de propina feitos pela Odebrecht a parlamentares, com objetivo de ter seus interesses defendidos. Os depoimentos do empreiteiro também podem abrir caminho para novas denúncias de corrupção em contratos firmados pela Petrobrás e doações ilegais a campanhas políticas.

É o caso da corrida presidencial de 2010, que deverá ser umas das frentes incluídas na delação. O executivo da OAS pode trazer novos esclarecimentos acerca da quitação de dívidas da campanha da presidente Dilma Rousseff com a agência de comunicação Pepper. No total, a construtora pagou R$ 717 mil à empresa, que também vem sendo investigada por negócios de R$ 6 milhões com a Andrade Gutierrez. A coordenação de campanha da presidente, no entanto, nega que tenham existido pagamentos ilícitos no acordo, que abrangeu R$ 6,4 milhões declarados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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E nome da ética, dos anos de trabalho e deveres com o povo, Dr Agenor, seja sereno e só fale fatos verídicos, o povo desempregado por escândalos e Maracutaias, precisa só entender a verdadeira história, do aconteceu… Se o Vaticano estiver envolvido, que fale s verdade… O povo já não se surpreende com mais nada. 7 inocentes, já morreram de forma misteriosa em Santo André e o resultado foi Crime Comum…. Pasmem!