EXCESSO DE OFERTA DE PETRÓLEO SERÁ DESAFIADOR ATÉ MESMO PARA EMPRESAS MAIS ROBUSTAS, APONTA ESTUDO | Petronotícias




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EXCESSO DE OFERTA DE PETRÓLEO SERÁ DESAFIADOR ATÉ MESMO PARA EMPRESAS MAIS ROBUSTAS, APONTA ESTUDO

fpsoO setor de óleo e gás enfrenta uma verdadeira tempestade perfeita. De um lado, a pandemia do coronavírus derrubou a demanda do produto e tem paralisado as atividades econômicas em diversos países. Do outro, a falta de entendimento entre Rússia e Arábia Saudita aumentou a oferta. Diante deste cenário, a consultoria Boston Consulting Group (BCG) lançou um estudo onde indica que “o excesso de oferta parece tão assustador agora que até empresas robustas enfrentarão ameaças significativas aos seus negócios”.

A análise da BCG afirma que um ambiente duradouro de preços abaixo de US$ 40 causará um estresse financeiro e operacional agudo. O que tem se visto até aqui é que, de fato, a junção de coronavírus e preços baixos de barril tem forçado empresas a paralisem investimentos momentaneamente. Ontem, noticiamos que a PetroRio irá postergar seus desembolsos e reduzirá custos. A Petrobrás estuda também rever seu planejamento estratégico, enquanto empresas estrangeiras já anunciaram corte de gastos e investimentos, como o caso da ExxonMobil.

O estudo da BCG aponta três cenários possíveis para o mercado global de petróleo, em razão dos impactos provocados pelo Covid-19 e pela guerra de preços entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, e a Rússia. No cenário mais provável, segundo a consultoria americana, as taxas atuais de produção serão mantidas e os valores médios do barril de petróleo ficarão abaixo de US$ 45.

Se essa previsão se concretizar, a BCG afirma que haverá uma forte pressão no Produto Mundial Bruto e lenta recuperação ao longo do próximo ano. O estudo indica que a demanda por petróleo será baixa, em razão da queda nos deslocamentos da população em todo o mundo, e a Opep não fará cortes ou aumentos na produção.

No cenário otimista, o valor médio do barril ficaria entre US$ 60 e US$ 70, com menores impactos do Covid-19 e redução nos estoques de petróleo. Nesse caso, a retomada das atividades econômicas seria mais rápida. Já na previsão mais pessimista, com um aumento da ameaça do Covid-19 e aumento de produção e estoque, os valores do barril poderiam chegar abaixo de US$40 com efeitos negativos bastante severos para a economia.

Ontem, o preço do barril apresentou uma recuperação. No caso do petróleo WTI, o produto começou o dia valendo por volta de US$ 22 e fechou a cotação por volta de US$ 26,30. Já o Brent subiu de cerca de US$ 25 para US$ 28.

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