EXECUTIVO DA SCHAHIN SE MANTÉM CALADO EM AUDIÊNCIA DA CPI DA PETROBRÁS
Mais silêncio na CPI da Petrobrás. Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (17), o executivo do Grupo Schahin, Kenji Otsuki, manteve-se calado frente aos questionamentos feitos por parlamentares da comissão. Investigado por envolvimento no cartel de empreiteiras que fraudava contratos e licitações da Petrobrás, Otsuki vem sendo apontado como o responsável pelo pagamento de propinas a executivos do esquema de corrupção. Fazendo uso da autorização judicial que lhe foi concedida, o investigado optou pelo silêncio durante a sessão.
Segundo depoimentos obtidos por delação premiada ao longo da Operação Lava-Jato, o Grupo Schahin atuava junto ao grupo de empreiteiras da estatal, embora não fizesse parte fixa do cartel. As investigações indicam, até o momento, que a empresa participava de forma ativa no superfaturamento de obras. Nas audiências de inquérito, porém, a companhia tem se mantido em silêncio, como foi o caso de cinco de seus empresários investigados.
Após ser acusada por desvios e transações ilícitas, a companhia passou a ser uma das bloqueadas para novas licitações da Petrobrás, além de ter entrado com pedido de recuperação judicial em maio deste ano para tratar de dívidas avaliadas em cerca de R$ 6,5 bilhões. Com a revogação de contratos junto à petroleira, a Schahin perdeu projetos que totalizariam aproximadamente R$ 15 bilhões. Na época, o grupo afirmou que iria cobrar a estatal na justiça devido a perdas estimadas em mais de US$ 4 bilhões, cenário que conduziria também à demissão de mais de mil funcionários.
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