IBP PREVÊ INVESTIMENTOS DE R$ 120 BILHÕES COM REGULAMENTAÇÃO DAS UNITIZAÇÕES DE CAMPOS
Um encontro na tarde da última segunda-feira (25) entre o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo (foto), o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e a presidente Dilma Rousseff trouxe novas esperanças para o setor. As principais pautas da indústria foram repassadas, como a extensão do Repetro, regime aduaneiro especial aplicável à exportação e à importação de bens destinados às atividades ligadas ao setor de óleo e gás, e a regulamentação do processo de unitização de blocos.
De acordo com Camargo, a questão da unitização pode destravar investimentos de R$ 120 bilhões, devido ao potencial calculado entre 8 bilhões e 10 bilhões de barris de petróleo já descobertos que ainda aguardam uma regulamentação para serem desenvolvidos.
O problema está em campos com áreas adjacentes, que vão até o pré-sal. Vários blocos já leiloados passam dos limites geológicos estipulados quando dos leilões por uma questão geológica. Por lei, a Petrobrás é operadora única do pré-sal, mas os operadores privados querem ter direito sobre as áreas adjacentes às suas descobertas.
A extensão do Repetro parece estar bem encaminha, segundo Camargo. A renovação do regime passa por uma decisão governamental, cabendo aos formadores de política decidir se é de interesse nacional manter os incentivos aos bens destinados à indústria de petróleo.
O encontro também teve como pauta ajustes na política de conteúdo local, que passou recentemente por algumas mudanças, e o fim da cláusula que obriga a Petrobrás a ser a única operadora no regime de partilha.
Um novo encontro entre Jorge Camargo e Eduardo Braga já ficou marcado para a próxima semana, com foco principalmente na demanda sobre os processos de unitização. O ministro afirmou ao fim da reunião de segunda-feira que o governo não está criando subsídios para a atividade de exploração e produção, mas sim políticas de estímulo à indústria em um momento de barril de petróleo em baixa.
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