EXXONMOBIL CRITICA DESEMPENHO DE FPSO CONSTRUÍDO PELA SBM QUE OPERA EXPLORANDO PETRÓLEO NA GUIANA

Para a SBM e para a MAN más notícias. A gigante de petróleo dos Estados Unidos, a ExxonMobil, mostrou formalmente o seu descontentamento com o desempenho do FPSO  Liza Destiny, que opera no campo de petróleo de Liza, na  Guiana: “A ExxonMobil Guyana está extremamente decepcionada com os problemas de design e o desempenho inferior contínuo desta unidade e trabalhará com o fabricante de equipamentos MAN Energy Solutions e o operador da embarcação SBM para corrigir a situação. Este desempenho está abaixo das expectativas globais da ExxonMobil quanto à confiabilidade.”  Um puxão de orelhas desses deve estar dando o que falar internamente na SBM. Não no Brasil, porque  o escritório brasileiro não foi responsável pela colocação sequer de uma porca. A responsabilidade pela construção da Plataforma é direta da sede da SBM, em Mônaco.

Os problemas técnicos começaram em janeiro de 2021 e estão relacionados a um selo no compressor de gás da plataforma. Isso levou a ExxonMobil a aumentar temporariamente o flare acima dos níveis do piloto para manter as operações seguras. ExxonMobil, SBM Offshore e MAN Energy Solutions estão trabalhando para corrigir o problema. No final do mês passado, as equipes de especialistas estavam terminando essas correções para a inicialização do compressor de gás no Liza Destiny, com o objetivo de restaurar o flare aos níveis de fundo. Mas os reparos ainda não foram concluídos. Em vez disso, a equipe a bordo do FPSO iniciou um programa abrangente de testes trifásicos. A ExxonMobil disse que os testes finais podem ocorrer ainda esta semana após a remoção da instrumentação temporária. A MAN divulgou uma nota oficial:  “Compreendemos totalmente o descontentamento da ExxonMobil após a ocorrência de dificuldades técnicas adicionais com o sistema de silenciador no lado de descarga de nosso sistema de compressor de gás flash. Os especialistas da MAN trabalham incansavelmente na implementação de medidas corretivas para garantir que a unidade estará totalmente operacional novamente o mais rápido possível. Todas as atividades acontecem em estreita cooperação com a SBM Offshore e a ExxonMobil.”

Equipes da SBM Offshore, MAN Energy Solutions e ExxonMobil estão no local para avaliar os reparos, com o apoio de especialistas em engenharia na Europa e dos Estados Unidos.  A empresa acrescentou que reduziu a produção a um nível mínimo que mitiga a formação de hidratos em sistemas submarinos, mantém a injeção de gás combustível para os geradores de energia e minimiza a queima.  Para lembrar, o Liza Destiny começou sua produção de petróleo no Campo de Liza, em Dezembro de 2019, cinco anos depois da primeira descoberta. O FPSO está ancorado a 190 quilômetros da costa da Guiana ligando  quatro centros de perfuração submarinos apoiando 17 poços.