EXXONMOBIL ENFRENTA ACUSAÇÕES NOS EUA DE ESCONDER RELAÇÃO ENTRE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E AQUECIMENTO GLOBAL

A relação entre o uso de combustíveis fósseis e o aquecimento global já é largamente conhecido mundo a fora. Imagine que esse conhecimento já estivesse disponível há anos, nas mãos de uma das maiores empresas produtoras de petróleo do mundo que, por questões econômicas, optou por restringir informações, cortar orçamentos para pesquisas desse tipo e financiar estudos que provam o contrário das constatações alcançadas. Essas são as acusações que enfrenta a ExxonMobil, nos Estados Unidos.

Uma troca de e-mails de um ex-funcionário da companhia mostra que a ExxonMobil já detinha conhecimento sobre a relação entre mudanças climáticas e combustíveis fósseis desde 1981, sete anos antes do conhecimento geral por parte do público, quando o cientista James Hansen, da Nasa, apresentou os resultados de suas pesquisas.

Com o desenrolar das investigações, novas provas vêm surgindo, principalmente através do esforço do procurador-geral das Ilhas Virgens Americanas, Claude Walker (foto), que intimou a petroleira a fornecer seus documentos referentes a mudanças climáticas produzidos nos últimos 40 anos. Se acatado o pedido de Walker, a companhia terá que entregar memorandos, e-mails, estudos, discursos, publicações e relatórios estratégicos que remetem a janeiro de 1977.

No início do ano, uma coalizão de 17 procuradores gerais – incluindo estados como Califórnia, Connecticut, Washington DC, Illinois, Iowa, Maine, Maryland, Massachusetts, Minnesota, Novo México, Oregon, Rhode Island, Virginia, Vermont, Washington – se uniu para pressionar a ExxonMobil a revelar seus relatórios científicos.