FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS ENTRA COM AÇÃO JUDICIAL CONTRA CHEVRON E TRANSOCEAN
A Chevron terá que enfrentar mais um processo no Brasil. Desta vez, a acusação vem da Federação Única dos Petroleiros que entrou com uma ação no Tribunal Regional Federal da 2ª Região pedindo o cancelamento da concessão de exploração e produção da petrolífera no campo de Frade. Diferente de outras, a ação não visa qualquer indenização financeira, mas apenas a reparação dos danos que o vazamento causou ao ambiente.
A Federação representa mais de 300 mil trabalhadores na indústria de petróleo que, segundo João Antônio Moraes, coordenador da mesma, se sentem afrontados pelas ações na bacia de Campos. João Antônio disse que a Chevron praticou uma “exploração predatória e ambientalmente incorreta”. A Transocean também foi alvo das acusações da federação e também encara uma ação no Tribunal. As empresas envolvidas com o vazamento de óleo deram versões diferentes à Polícia Federal.
As duas companhias e mais 17 pessoas envolvidas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal por crime ambiental e dano ao patrimônio público. A denúncia inclui o pedido do pagamento de R$ 1 milhão de fiança para cada pessoa e R$ 10 milhões para cada empresa. Caso sejam condenados, o valor da fiança servirá para pagar a indenização dos danos, multa e custas do processo.
Depois que os empresários envolvidos com o acidente foram retidos no país com seus passaportes cassados, o juiz que lidera as acusações já permitiu que dois deles, funcionários da Transocean, saíssem do Brasil. Gary Slaney e Brian Mara não possuem residência no país, mas foram obrigados pela Justiça a retornarem em 19 de abril. As acusadas querem transferir o processo de Campos para o Rio de Janeiro.
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