FERNANDO BAIANO FECHA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA NA OPERAÇÃO LAVA-JATO

A situação não é fácil para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que poderá enfrentar novas acusações em breve conforme se aprofundam as delações na Operação Lava-Jato. O mais novo delator dos esquemas de desvio da Petrobrás é o lobista Fernando Baiano, figura apontada como um dos principais operadores de propinas a parlamentares do PMDB. Ele fechou acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para fornecer informações acerca das negociações ilícitas em troca da redução de sua pena, mas a medida depende ainda de aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que se concretize.

Acusado por envolvimento no esquema de propinas a políticos, Baiano foi preso em novembro do último ano e já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro em uma primeira ação penal. O acordo de delação vinha sendo negociado há meses e traz grandes expectativas para os investigadores da operação. Em seus depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), o lobista citou parlamentares do alto escalão como Renan Calheiros (PMDB), Henrique Eduardo Alves (PMDB), Delcídio do Amaral (PT) e aquele que é apontado como seu sócio, Eduardo Cunha.

Além do envolvimento de políticos no pagamento de propinas, a expectativa é de que Baiano apresente mais detalhes acerca da participação do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, no esquema de desvios.