FIRJAN APONTA MUDANÇA DE DIREÇÃO NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO DO RIO

Karine FragosoA Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) consolidou dados do setor de petróleo e gás e chegou a uma conclusão que já vinha se desenhado com clareza para todo o mercado nacional, com uma mudança no posicionamento das empresas, que passaram a se voltar muito mais para os contratos de manutenção e reparos, tendo em vista que quase não há novos negócios em andamento.

De acordo com a gerente de petróleo, gás e naval do Sistema Firjan, Karine Fragoso (foto), isso se dá pelo fato de ter havido uma retração do mercado, com a paralisação de uma série de projetos e atividades, inclusive em estaleiros. Além disso, uma vez que a indústria offshore está com seus esforços concentrados mais no OPEX (Operation Expenditure – capital utilizado para manter uma empresa) do que no CAPEX (Capital Expenditure – montante destinado para investimentos) e a vida útil das embarcações está sendo estendida, essa mudança faz sentido para que o setor continue operando em condições extremas e sob estritas normas de segurança.

“No Brasil, e em especial no Rio de Janeiro, a indústria naval é altamente dependente das demandas do mercado offshore. Com as quedas significativas nas encomendas do setor e a diminuição do número de empregos, hoje o que temos visto é a necessidade de um reposicionamento dessa indústria, mudando seu foco para uma maior atuação com serviços de reparação e manutenção”, afirma.

Apesar do momento negativo, a Firjan acredita que a retomada deverá acontecer nos próximos anos, com o estado do Rio de Janeiro reavendo sua posição pujante por volta de 2020, quando deve voltar a ser referência como centro de excelência em engenharia, construção, reparação naval e apoio offshore.

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