FIRJAN VAI AO CADE CONTRA AUMENTO DO PREÇO DO GÁS NATURAL, ENQUANTO GOVERNO DO RJ E NATURGY RECORREM À JUSTIÇA
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) disse que recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para tentar frear um aumento de quase 50% no gás natural no Rio de Janeiro. Para lembrar, a Petrobrás propôs recentemente um reajuste no preço do energético. Em outubro, quando as negociações começaram, a estatal pretendia um aumento de até 200% por conta da elevação do preço do dólar e do barril do petróleo. Com a reação negativa do mercado, a estatal reduziu o reajuste para 50%.
“O novo contrato de fornecimento traz mudanças na tarifa que vão afetar consumidores industriais, comerciais, residenciais e veiculares do Estado do Rio de Janeiro”, alertou a Firjan. O vice-presidente da entidade, Celso Mattos (foto), e técnicos da Firjan estiveram em Brasília há 10 dias reunidos com a presidência do CADE, e protocolaram pedido para que o órgão atue de forma a evitar esse impacto.
A história parece que vai dar pano para mangas. Em outros estados, como Sergipe, Alagoas e Ceará, as concessionárias de gás natural e governos estaduais recorreram à Justiça para obter liminares contra o aumento nas tarifas do gás. Enquanto isso, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também anunciou nesta terça-feira que entraria com ação na Justiça contra o reajuste.
Ainda no Rio, a distribuidora Naturgy também disse que foi à Justiça para manter as condições dos contratos vigentes e impedir o reajuste no custo de aquisição do gás natural proposto pela Petrobrás. “Assim como outras distribuidoras brasileiras, a Naturgy está pleiteando a manutenção das condições dos contratos atuais até que as condições de mercado livre sejam de fato estabelecidas e seja possível adquirir um gás competitivo de fontes concorrenciais”, declarou a companhia.
Na mesma linha, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também afirmou que recorreu à Justiça para contestar o aumento do preço do energético. Um pedido de liminar contra o reajuste foi encaminhado pelo Procurador-Geral do Estado, Bruno Dubeux.
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