FORÇA DE TRABALHO DE ÓLEO E GÁS NO BRASIL DIMINUIU 1,8% EM 2020, DIZ RYSTAD

petroleiroA Rystad Energy publicou uma análise dos impactos da pandemia de Covid-19 na força de trabalho de óleo e gás em diversos países no mundo. Aqui no Brasil, a empresa britânica contabilizou uma diminuição de 1,8% na quantidade de empregos da indústria petrolífera. O resultado não foi pior por conta da grande carteira de projetos que a Petrobrás possui no horizonte.

A Petrobrás tem um grande número de grandes projetos de desenvolvimento de campos planejados para os próximos anos e, portanto, precisa reter pessoal em quantidade e qualidade suficiente para enfrentar esse desafio”, escreveu a Rystad. Outros países, no entanto, sentiram o impacto com muito mais força, sendo que os Estados Unidos foram os mais afetados.

Na contabilidade feita pela Rystad, o quadro de funcionários caiu em 2020 para cerca de 960 mil funcionários. Uma queda de quase 11% na comparação com os 1,08 milhão de empregados em 2019. A consultoria ainda cita que com os efeitos ainda vigentes da Covid-19, os EUA podem recuar para 950 mil trabalhadores no setor até o final da atual crise.

Já a China se mostrou mais resiliente e teve um corte de cerca de 5,5% em seu contingente de trabalhadores da indústria petrolífera. “Os altos números de empregos na China são em parte impulsionados pela baixa adoção de tecnologia em todo o setor de petróleo e gás do país, bem como por salários significativamente mais baixos. Historicamente, os salários do petróleo e do gás na China foram menos da metade dos salários dos trabalhadores nos Estados Unidos e na Noruega”, analisou a Rystad.

A consultoria acredita também que improvável que a política de força de trabalho da China seja viável no longo prazo, já que sua vantagem de baixos salários está desaparecendo. “A partir de 2022, os salários aumentarão ainda mais, reforçando nossa crença de que os níveis de emprego no setor de energia do país terão dificuldade para recuperar para níveis pré-Covid-19 nos próximos anos”, projetou. A Rystad concluiu sua análise dizendo que os empregos de óleo e gás na Rússia recuaram 1,5% (totalizando cerca de 1,2 milhão), enquanto que o recuo na Europa foi de 6,3%.

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