FÓRUM LOGÍSTICO EM FOZ DO IGUAÇU DEBATE A INTEGRAÇÃO DOS PAÍSES DO SUL DO CONTINENTE EXPLORANDO A FERROVIA

forumEspecialistas, gestores públicos e investidores debatem a infraestrutura e o transporte durante o Fórum Internacional de Logística Multimodal Sustentável (FILMS), que está sendo realizado até amanhã (14), em Foz do Iguaçu. A ferrovia Nova Ferroeste foi o centro dos debates ao se propor ajudar a transformar a economia do Paraná, como  uma solução em transportes estratégicos para a integração dos países da região. Pelo menos foi o compromisso assumido pelo presidente da empresa, André Gonçalves. Participaram do painel o coordenador do projeto da Nova Ferroeste, Luiz Fagundes; o economista Bernardo Figueiredo; e o consultor Federico Augusto Olmedo Ramírez, coautor do plano de logística do Paraguai. Os debates confluíram para a formação do Corredor Bioceânico Multimodal de Capricórnio, rota entre os portos chilenos e de Paranaguá, conectando Argentina e Paraguai. “As forças produtivas, na década de 1980, imaginaram a Ferroeste como alternativa para a eficiência logística, mas ela parou em Guarapuava. Hoje, esse novo projeto é uma necessidade para o desenvolvimento do estado, com olhar para a integração com os países vizinhosQueremos que empresários e operadores conheçam e participem da Nova Ferroeste”, disse André.

O engenheiro Luiz Fagundes destacou a preocupação com a sustentabilidade na elaboração do projeto da ferrovia e salientou as condições estratégicas do estado.trem “Trará redução de 30% dos custos e tornará nossos produtos mais competitivos. A Nova Ferroeste irá transformar o Paraná na central logística da América do Sul”, declarou. No contexto da integração internacional ferroviária, o engenheiro Federico Ramírez afirmou que o Paraguai pode avançar, articulando esse modal com os transportes rodoviário e fluvial. “Há o convencimento dos setores público e privado da necessidade de desenvolver o modal ferroviário como opção para a hidrovia ou para melhorar a multimodalidade atual“, acrescentou.

O segundo dia do FILMS também contou com outros dois painéis: aerovias e portos/hidrovias. Na infraestrutura aeroviária, ressaltou-se o programa de concessões do governo federal e os desafios a serem superados, como o valor do combustível, devido à alta no preço do petróleo, e a alta carga tributária, que limita os serviços das companhias e encarece as pesagens. Chamou atenção ainda a oportunidade de ampliar as conexões entre os aeroportos da região trinacional da Argentina, Brasil e Paraguai. Os três países dispõem de grande potencial hidroviário e portuário a ser explorado. Para tanto, são necessárias obras para permitir a ampliação da navegação pelos grandes rios do continente, bem como o melhor uso dos portos — cujas limitações das áreas de acesso (continental e marítimo) continuam sendo o principal gargalo para aumentar o fluxo de cargas.

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