GAZPROM DECIDE USAR PARTE DA ESTRUTURA DO NORDSTREAM 2 PARA ATENDER CLIENTES DENTRO DA RÚSSIA

nordA Gazprom usará parte de sua infraestrutura de gasoduto Nord Stream 2 para atender clientes domésticos depois que o contencioso fornecimento com a Alemanha foi suspenso em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia. A produtora de gás planeja colocar as instalações terrestres do projeto na Rússia para trabalhar na expansão do fornecimento para clientes no noroeste do país, informou a empresa em um comunicado. O plano da Gazprom surge no momento em que a Europa dobra os esforços para livrar-se do abastecimento russo, que no ano passado representou cerca de 40% de todo o gás consumido no continente. A oposição da Europa ao Nord Stream 2 foi ressaltada quando a Alemanha, o maior consumidor de gás de gasoduto russo, fretou  quatro terminais flutuantes para importar gás natural liquefeito.

A urgência do continente em reduzir a dependência das entregas russas aumentou na semana passada quando a Rússia cortou os envios de gás de gasoduto para a PolôniaNORD 4 e a Bulgária, que se recusaram a cumprir a exigência de pagamento em rublos do Kremlin. A União Europeia disse que esses pagamentos violam as sanções, mas vários países ainda precisam decidir se podem encontrar uma maneira de evitar o corte. O novo uso do Nord Stream 2 pela Gazprom significa que apenas um dos dutos gêmeos do projeto estará imediatamente disponível para fornecimento à UE se o bloco decidir eventualmente aprovar o link, de acordo com o comunicado. As entregas na segunda etapa só podem começar após 2028.

O Nord Stream 2, programado para transportar até 55 bilhões de metros cúbicos de gás russo por ano para a Alemanha através do Mar Báltico, estava pronto para iniciar entregas em grande escala em dezembro, apesar das sanções dos Estados Unidos. A aprovação do regulador de energia alemão e das autoridades da UE foram os últimos obstáculos para o projeto. No entanto, a Alemanha reverteu  seu apoio ao oleoduto em fevereiro, depois que a Rússia reconheceu duas regiões separatistas da Ucrânia como estados soberanos. O chanceler alemão Olaf Scholz pediu ao Ministério da Economia que retire sua avaliação de que o projeto russo não representa uma ameaça à segurança do fornecimento de energia.

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