GERAÇÃO ELÉTRICA POR ENERGIA RENOVÁVEIS ULTRAPASSA PELA PRIMEIRA VEZ OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS NA UNIÃO EUROPEIA EM 2020

UENotícia boa para os participantes da COP26, às vésperas de começar as reuniões, em Glasgow, Escócia, a partir da próxima segunda-feira (1): as energias renováveis foram, em 2020, a principal fonte de energia na União Europeia (UE), ultrapassando pela primeira vez os combustíveis fósseis na produção de eletricidade. A revelação é de um relatório  divulgado pela Comissão Europeia, com um balanço sobre os progressos da UE na realização da transição de energia limpa, quase dois anos após o lançamento do Pacto Ecológico Europeu e numa altura de escalada dos preços da energia, devido a subida no mercado do gás, a maior procura e a descida das temperaturas, que ameaçam causar dificuldades no pagamento das contas de aquecimento neste outono e inverno europeu.

O relatório mostra que as energias renováveis ultrapassaram os combustíveis fósseis como a fonte de energia número

Geração a base de carvão está indo para o fim

um na UE pela primeira vez em 2020, gerando 38% da eletricidade, em comparação com os 37% dos combustíveis fósseis e com os 25% da energia nuclear. Dados incluídos no documento, revelam que Portugal, por exemplo, era  em 2019, o sétimo país da EU,  com percentagem mais alta de energia proveniente de fontes renováveis apesar no consumo final bruto, na ordem dos 30%, apenas superado pela Suécia, Finlândia, Letónia, Dinamarca, Áustria e Estónia. A média comunitária fixou-se em, pelo menos, 22%, embora alguns Estados-membros estivessem em risco de não cumprir as suas metas nacionais.

UE 1O relatório indica também que, até agora, nove Estados-membros da UE já eliminaram progressivamente o carvão, 13 outros comprometeram-se com uma data de eliminação progressiva e quatro estão a considerar possíveis calendários.  Além disso, em comparação com 2019, as emissões de gases com efeito de estufa na UE a 27 em 2020 caíram quase 10%, uma redução sem precedentes nas emissões devido à pandemia covid-19, que trouxe reduções globais de emissões para 31%, em comparação com 1990.  O documento revela ainda uma diminuição de 1,9% no consumo de energia primária e de 0,6% no consumo final de energia no ano passado, reduções que ficam, porém, acima da trajetória necessária para cumprir os objetivos climáticos da UE para 2020 e 2030.

Este menor consumo de energia em geral levou a uma redução ligeira nos subsídios aos combustíveis fósseis, enquanto os subsídios às energias renováveis e à eficiênciaUE 2 energética aumentaram em 2020. Segundo o relatório, “embora haja uma série de tendências encorajadoras, serão necessários maiores esforços para atingir o objetivo de 2030 de reduzir as emissões líquidas em pelo menos 55% e alcançar a neutralidade climática até 2050”, alerta a Comissão Europeia, ressalvando também que “os dados terão de ser analisados cuidadosamente no próximo ano para tendências pós-covid-19 a mais longo prazo”. Ele aponta também, num contexto de pico dos preços da energia em toda a Europa, em grande parte devido ao aumento dos preços do gás. Embora temporária,  esta situação revela a dependência da UE das importações de energia, que aumentou para o nível mais alto em 30 anos, bem como a necessidade de o bloco europeu apostar em fontes alternativas e mais limpas para aumentar a segurança energética da UE. Segundo o relatório, cerca de 31 milhões de pessoas na UE estão em risco de pobreza energética.

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