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GERENTE EXECUTIVO DA PETROBRÁS NEGA TER INTERFERIDO EM PEDIDOS DE ADITIVOS E SE DEFENDE DE ACUSAÇÕES

petrobrasssO Petronotícias publicou uma entrevista com o engenheiro aposentado da Petrobrás João Batista de Assis Pereira no dia 30 de novembro, em que o ex-funcionário da estatal contou uma série de problemas que teve ao tentar denunciar más condutas internamente, sem obter respostas das sucessivas Ouvidorias Gerais da empresa, e enfatizava sua opinião sobre a importância de haver uma investigação extensa do terceiro escalão da companhia. Ele apresentou documentos e relatou conversas, alegando que acabou sendo demitido por fazer tantos questionamentos, e mencionava alguns dos funcionários da Petrobrás que teriam tido participação neste processo. Dentre os citados, estava o gerente executivo da estatal Engenheiro Marco Túlio Pereira Machado. O Petronotícias procurou a Petrobrás alguns dias antes da publicação, para poder ouvi-lo sobre as acusações, mas não obteve resposta à época. Agora, passados 15 dias, o executivo da estatal procurou o Petronotícias para dar sua versão sobre os acontecimentos e negar que estivesse ocupando o posto de Gerente de Implementação de Empreendimentos para o Espírito Santo (IEES) na época mencionada pelo engenheiro Assis Pereira. Veja abaixo o posicionamento de Marco Túlio Pereira Machado na íntegra:

 “Eu, Marco Tulio Pereira Machado, venho por meio deste exercer o meu direito de resposta para esclarecer e elucidar pontos distorcidos na declaração do Sr. João Batista de Assis Pereira, realizadas por meio desse site em 30/11/2015.

O Sr. Assis reitera por vezes que “…na época Marco Túlio Pereira Machado era subordinado ao Gerente Executivo Pedro Barusco”, criando vínculo de subordinação direta entre mim e o ex-empregado, delator no processo em curso da Operação Lava-Jato. Esclareço que durante toda a atuação do Sr. Pedro Barusco na qualidade de gerente executivo da Engenharia nunca houve relação de subordinação direta, sendo eu subordinado a outros gerentes durante o referido período, existindo documentos que comprovam as minhas afirmações.

Para fins de esclarecimento ao site PETRONOTICIAS e aos demais interessados e com o objetivo de gerar amplo esclarecimento dos fatos, informo que durante o período que o Sr. Pedro Barusco atuou como gerente executivo da ENGENHARIA, eu atuei nos seguintes projetos estando subordinado aos gerentes listados abaixo:

a) De janeiro de 2003 até março de 2004 atuei expatriado em Cingapura na área de construção e montagem da P-50, subordinado ao Eng. José Antônio Villamil de Castro Galarza;

b) De abril de 2004 até setembro de 2004 atuei no Brasil na obra da P-50, subordinado ao Eng. José Antônio Villamil de Castro Galarza ;

c) De outubro de 2004 até maio de 2006 atuei expatriado em Cingapura na área de construção e montagem da P-54, subordinado ao Eng. Antônio Carlos Alvarez Justi;

d) De junho de 2006 até janeiro de 2008 atuei no Brasil na construção e montagem da P-54, subordinado ao Eng. Antônio Carlos Alvarez Justi;

e) Em fevereiro de 2008 estive por um mês atuando no COMPERJ, novamente subordinado ao Eng. Antônio Carlos Alvarez Justi;

f) Em março de 2008 até a julho de 2013 estive na gerência que implementação de empreendimentos do Espírito Santo (IEES), sendo subordinado direto aos Eng. Justi e Eng. Henídio Queiroz Jorge.

Todas as afirmações acima realizadas podem ser comprovadas documentalmente.

Adicionalmente, foi afirmado pelo Sr. Assis que atualmente sou o substituto do ex-Gerente Executivo Pedro Barusco, afirmando implicitamente que ocupo o mesmo cargo com iguais atribuições àquele ocupado anteriormente pelo mesmo, fato que não é verdadeiro. Primeiramente, ocorreu uma reestruturação na PETROBRAS em que a posição ocupada pelo Sr. Pedro Barusco foi extinta, tendo sido criadas três novas gerências executivas em substituição. Atualmente eu sou o substituto do ex-Gerente Executivo Sr. Braulio Luis Cortes Xavier Bastos e assumi esta posição somente em julho 2013, aproximadamente 2 anos e 6 meses após a saída do Sr. Pedro Barusco da Petrobras (desligamento da Petrobras do Sr. Barusco ocorreu em fevereiro de 2011).

Na entrevista, o Sr. Assis “conta um problema que teve em 2007 com o então Gerente de Implementação de Empreendimentos para o Espírito Santo, Engº Marco Túlio Pereira Machado”. Ocorre que, além de outros pontos que esclarecerei, o mesmo comete falsidade em sua afirmação, pois a Gerência de Implementação de Empreendimentos para o Espírito Santo (IEES) foi assumida por mim em março de 2008. Todas as afirmações acima realizadas podem ser comprovadas documentalmente.

Adicionalmente, o Sr. Assis Pereira menciona e apresenta uma série de documentos para tentar “fundamentar” as suas acusações aos quais descrevo abaixo:

a) Questionamento sobre a contratação da Engevix para a Unidade de Tratamento de Gás (UTGC), em Cacimbas, no município de Linhares – Documento Interno Petrobras confidencial divulgado indevidamente: Comunicação da Diretoria Executiva ATA DE 4.503, item 13 de 25/11/2004, pauta 768.

b) Questionamento sobre pedido de desclassificação da proposta – Documento Interno Petrobras confidencial divulgado indevidamente: DIP ENGENHARIA/IEEPT/IEES/PC 000460/2005 para o Jurídico de 17/05/2005.

c) Desclassificação da proposta da Engevix – Documento vazado: INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES A LICITANTE ENGEVIX de08/06/2005

d) Documento Interno Petrobras confidencial divulgado indevidamente: Pareceres Jurídicos de26/08/2005

e) Questionamento sobre contratação direta da Engevix – Documento Interno Petrobras confidencial divulgado indevidamente: Comunicação da Diretoria Executiva ATA DE 4.613, item 24 de 09/11/2006, pauta 1112.

f) Questionamento sobre o mérito de pleito apresentado pela Engevix – Documento apresentado: Carta ENGEVIX 8983/00-IZ-CE-0049/07, de24/08/2007

g) Questionamento emitido por email ao Jurídico – Documento apresentado: email OBSERVAÇÃO AO PARECER JURÍDICO – JURÍDICO-JSERV – 4148-2008, de 30/01/2008

Como pode ser observado pelas datas acima, todos os documentos apresentados de maneira indevida pelo Sr. Assissão anteriores à minha designação como Gerente de Implementação de Empreendimentos para o Espírito Santo (IEES) que ocorreu em março de 2008, não tendo por minha parte nenhuma gestão, ingerência ou sequer conhecimento das ações conduzidas antes da minha designação ao cargo.

É importante destacar que a empresa Engevix está sendo investigada pela operação Lava Jato, tendo todos os seus contratos e processos licitatórios com a Petrobras sujeitos a avalição pela Justiça Federal e internamente pela Petrobras.

No transcorrer de sua entrevista, o senhor Assis Pereira, de forma inverídica, afirma que o procurei e o critiquei sobre a sua postura de questionar o Jurídico da Companhia sobre o processo de aditivo citado no item “g” acima mencionado.  Contudo é preciso que fique claro que tanto a formalização do questionamento através do email do senhor Assis Pereira ao Jurídico em 31/01/2008, quanto à resposta desse órgão em 03/03/2008, foram realizados em datas anteriores à minha designação ao cargo.

Mais uma vez, o senhor Assis Pereira está totalmente equivocado e fazendo ilações e acusações sem qualquer fundamento ou evidência e, mais grave ainda, acusações em relação às quais eu posso provar que não me relacionava com os fatos à época dos mesmos.

Na entrevista, o Sr. Assis continua realizando acusações em outros processos de construção de plataformas, como P-57, P-58 e P-62 dos quais participei como Gerente do Empreendimento para Espírito Santo. No entanto, mais uma vez o cidadão procede com acusações infundadas e desprovidas de evidências ou qualquer outro lastro verificável. A P-57 não é uma unidade afretada e sim uma unidade da Petrobras e não paga taxa diária de afretamento.  O mesmo ocorre com as plataformas P-58 e P-62 que são unidades próprias da Companhia, não havendo as alegadas “taxas milionárias” de afretamento.

Conforme o exposto acima, declaro a minha total indignação com o teor inverídico das afirmações apresentadas por esse cidadão, expondo não somente a Petrobras por meio de infrações às normas da Companhia, mas também divulgando nomes de empregados de forma atentatória à dignidade das pessoas e desprovidas de quaisquer provas que fundamentem tais acusações.”

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Jalannes
Jalannes
9 anos atrás

Quem não deve não teme… Manda ver Assis Pereira, os que se considerarem prejudicados, que se defendam, mas não precisão formalizar textos de renomados advogados, que defendem até o diabo, em troca de 30, 40% dos bens do acusado. O Lava Jato, já engrandeceu e aumentou a fortuna de vários larápios, haja visto a Cata Preta ter se mudado em definitivo para EEUA. O Sepulveda Pertence, saiu da presidência do Supremo e aceitou defender o PT de Dirceu, Genoino, Silvio Pereira, Paulo Cunha e outros mais e menos famosos, ainda mais que existe uma lei, onde “honorários não precisam ser… Leia mais »

Julio
Julio
9 anos atrás

Assis Pereira, se ficar disparando a metralhadora desse jeito, você acabará perdendo a credibilidade…

Hermann Graf
Hermann Graf
9 anos atrás

Caros,

Guardem bem esses nomes. Antonio Carlos Alvares Justi, Henídio Queiroz Jorge e P-36.

Assis Pereira
9 anos atrás

RESPOSTA DO ENG.º ASSIS AOS COMENTÁRIOS DO MARCO TÚLIO – GERENTE EXECUTIVO DA PETROBRAS: Em 15/12/2015 tomei conhecimento das declarações do Eng. Marco Túlio postado no Web site Petronotícias onde procurou contrapor posicionamentos de denúncias que havia efetuado na entrevista que concedi a esse site no dia 30/11/2015. Devo esclarecer a todos que a entrevista denuncia que concedi a Petronotícias não teve o objetivo de apresentar fatos envolvendo exclusivamente o Marco Túlio. O seu conteúdo foi extraído de dois Relatórios Denuncias que apresentei em conteúdo amplo e diversificado à Ouvidoria Geral da Petrobras. Em 06/10/2015, na condição de engenheiro aposentado… Leia mais »

ORLANDO MARQUES FILHO
ORLANDO MARQUES FILHO
9 anos atrás

se esta mulher não sair , o lula vai se tornar inimigo dela no último ano e vai se candidatar. talvez ganhe pois o povo não tem memória . ÊTA PAIS SEM SORTE !!!!

Mandacaru
Mandacaru
9 anos atrás

Esta mulher, nem sabia que faz onde está..
Pouco sabe de tramas, gangue e assassinatos ocorridos. O caso aqui tratados são particulares ao ouro negros, aos marajás aos desempregados prematuramente, de uma estatal de igual poder como o Brasil de HONG KONG.

Assis Pereira
9 anos atrás

FALÁCIAS NAS PROPOSIÇÕES DE MELHORIAS NA GESTÃO DA PETROBRAS AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO https://www.linkedin.com/pulse/fal%C3%A1cias-nas-proposi%C3%A7%C3%B5es-de-melhorias-na-gest%C3%A3o-da-ao-pereira?published=u A proposta que a Diretoria da Petrobras entregou, nesta terça-feira (18/01/2016) ao Conselho de Administração, que em linhas gerais projeta a reestruturação da empresa visando aumentar a responsabilidade individual dos Gerentes Executivos da Petrobras, que, em tese, passariam a ser corresponsáveis pelas decisões ate então exclusivas dos diretores das áreas, não condiz com a postura atual da Diretoria de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras, quando observamos um intenso corporativismo interno reinante na Estatal, que tem protegidos esses mesmos Gerentes (terceiro escalão da Petrobras) de serem… Leia mais »