GOVERNO BRASILEIRO PRECISA OPTAR JÁ PELA GERAÇÃO DE ENERGIA NUCLEAR
A geração de energia nuclear no Brasil está diante de um momento inteiramente especial. Revela duas faces: a falência do Estado na gestão de negócios e a esperança do país viver a grande expectativa da participação de empresas privadas em novos projetos, financiando e construindo as novas e necessárias usinas nucleares no país. Com elas, a geração de milhares de empregos, desenvolvimento e renda.
Diversas instituições de respeito e credibilidade, como a ABDAN, a FGV e a ABEN, vêm desenvolvendo estudos sobre a necessidade imperiosa da construção de pelo menos quatro novas usinas até 2030 e outras oito até 2050. O Brasil precisa delas. Nós precisamos delas. O governo precisa tomar a decisão urgente de entregar para a iniciativa privada a responsabilidade desses empreendimentos. É o mais lógico e o mais sensato. É também um reconhecimento de que o Estado não tem capacidade para gerir projetos de tamanha envergadura. Triste, mas real. Angra 3 é o maior exemplo que pode ser usado neste momento.
O domínio nuclear brasileiro começou ainda na era militar, em 1974, durante o governo Geisel. O projeto de múltiplas usinas sucumbiu ao tempo e quase foi decepado. Até hoje ainda está incompleto. Angra 3, a última usina contratada, começou efetivamente a ser construída em 1984. De lá para cá gastou-se muita esperança nestes 31 anos. E pior: a certeza de que ela não ficará pronta antes de 2019. Provavelmente um recorde que não se pode ter orgulho por ostentá-lo. Novas tecnologias fazem com que uma usina nuclear leve em média nove anos para ser construída. Desde o processo de licenciamento, construção e montagem até a sua operação.
Neste momento, Angra 3 está ao sabor de investigações e das incertezas institucionais, em que pese seu novo presidente, Pedro Figueiredo, seja um profissional experiente e digno. Sem conseguir honrar os compromissos assumidos com as empresas que se lançaram neste desafio, desenvolvendo um trabalho altamente detalhado e de grande responsabilidade, a Eletronuclear começou a viver um pesadelo. Passou pelo dissabor e constrangimento de ter o contrato de montagem dos equipamentos cancelado pelas empresas por falta de pagamento e foi obrigada a cancelar o trabalho de obras civis, pelas mesmas razões. Um drama contra o qual ela não pode fazer nada, porque depende apenas de ações governamentais. O resultado é o que todos conhecem: frustração e milhares de demissões no setor.
Ave rara num governo que teima em ser incompetente, o Ministro Eduardo Braga já se manifestou favorável ao investimento privado neste setor. Há gigantes internacionais prontas para participarem deste empreendimento, desde que detenham pelo menos 51 % do controle. É o mínimo de garantia para gerenciar um projeto em que se desembolsa bilhões de reais em investimentos. São empresas gigantes, responsáveis e experientes como a Rosatom, Engie, Atmea, CNNC, Westinghouse etc.
Elas se dispõem a projetar, financiar e construir, deixando a operação das usinas para a Eletronuclear. Um casamento perfeito, que pode proporcionar ao nosso país um ciclo virtuoso, como pudemos sentir e vivenciar no mercado de petróleo num passado recente. Um ambiente salutar para os negócios, como o da descoberta do pré-sal. Milhares de empregos e oportunidades serão gerados para as inúmeras regiões do Brasil, que vivenciarão este ciclo, abrigando as sedes dessas novas usinas. As universidades voltarão a incentivar os nossos talentos para o estudo nuclear. O país, a economia, a população, o mercado, todos ganharão.
O que desencanta são as posições de alguns políticos que ainda não perceberam que eles foram eleitos para servir ao país e não se servirem dele. É preciso querer fazer. Eles insistem em criar dificuldades para vender facilidades. Esse tempo em nossa sociedade já passou. Todos estão vendo todos. A mídia está mais atenta e isso trará resultados positivos para o nosso país a curtíssimo prazo.
O governo precisa agir e com velocidade. Já estamos entrando em 2016. É preciso apressar a criação de uma agência reguladora que tenha independência e voz ativa para que o mercado sinta-se confiante e confortável para investir. É isso que se espera que seja feito. Incentivar o mercado e garantir o abastecimento de energia em nosso país de forma limpa, barata, firme, gerando riquezas.
Concordo com o Ministro Eduardo Braga, pois só cresceremos quando os nossos governantes entenderem que não devem se intrometer nas questões que dizem respeito à iniciativa privada. Por que o governo tem que ser o dono de tudo? Se fosse sério, até poderia, mas não é. Será que as grandes empresas pertencem aos seus governos?
Esse é o momento que o governo tem para refletir sobre o assunto e tomar uma decisão favorável ao país.
Com a palavra o Ministro Eduardo Braga, que afirmou e até convidou a repórter para inauguração em 2018. Vamos deixar as corrupções por conta do Ministério Público e Polícia Federal. Isso é uma visão do acontecido, apurar e punir os culpados. Porém como estão pedindo a população criatividade, os governantes também deve ser criativo e olhar pra frente, a suspensão do contrato da montagem venceu e não se sabe de nada. Neste período de 60 dias nada foi feito? Depois a civil foi suspensa por 90 dias, o que estão fazendo para resolver esse contrato? Acho que a reporte vai… Read more »
Parabens!!!! Reportagem trazendo a realidade do setor….Srs politicos acordem!!!! O texto acima é o retrato para que se possa ter uma luz no final do túnel.
Em vez de nuclear deveria investir em solar que é mais barato e não depende de investimento do governo, basta instalar sistema fotovoltaiico em pelo menos 20% das residencias existentes no país.
ora ora, acabamos de assistir mais um escandalo justo nesta area