GOVERNO CEDE ÀS PRESSÕES DAS PETROLEIRAS, QUEBRA CONTEÚDO LOCAL E MARCA O 7 X 1 DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
Na véspera do Carnaval, caiu a máscara do grupo que foi formado para decidir as regras do conteúdo local. Hoje, quarta-feira, dia 22 de fevereiro, é o dia que ficará marcado como sendo o 7 x 1 da indústria brasileira. Os gols foram marcados pelo Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, outro pelo Ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, dois pelo presidente da IBP, Jorge Camargo, que representa as petroleiras, e três golaços do Presidente da Petrobrás, Pedro Parente (foto). Com esta decisão, essa equipe de artilheiros talvez tenha feito o maior mal às empresas fornecedoras da indústria petróleo, sem parâmetros na história do país.
O resultado prático e frio é a transferência da grande maioria das obras que exploram o petróleo brasileiro para o exterior. Simples assim. No momento da maior crise de empregos que o Brasil atravessa, foi a resposta que este grupo deu às aspirações de quem vive o desespero do desemprego e uma crise que abala o setor há quase três anos. Certamente estarão comemorando a decisão e provavelmente vão dormir tranquilos. A política de se entregar às operadoras grande parte a contratação de obras no exterior, produzirá em nosso país um fenômeno especial: ter emprego no setor de petróleo no Brasil será um privilégio. Um emprego de qualidade, um luxo para pouquíssimos profissionais.
A reunião que decidiu pela quebra do conteúdo local foi realizada na tarde desta quarta-feira (22), na Casa Civil, em Brasília. Agora, a nova lista de exigências de conteúdo local terá cinco segmentos: em áreas terrestres, o nível será de 50%; na exploração e produção em campos marítimos, o percentual será de 18%, na construção de poços, 25%; os sistemas de coletas e escoamento terão 40% e, por fim, as unidades estacionárias dos FPSOS terão índice de 25%.
“Isso representa uma redução de aproximadamente 50% nos números. Tendo em vista essa nova política, com esses novos números, teremos uma realidade onde não haverá mais o waiver”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O parlamentar também afirmou que os novos números para os próximos leilões deverão ser aprovados em março, em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). “Com essa medida, estamos possibilitando que as rodadas que vão acontecer ao longo do ano de 2017, 2018 e de agora em diante, sejam realizadas a partir dessa base. Isso vai trazer oportunidades a uma série de empresas estrangeiras e nacionais que exploram e produzem óleo no Brasil, tendo um percentual mínimo obrigatório que seja completamente exequível a preços competitivos pelas indústrias brasileiras”, justificou o ministro de Minas e Energia.
Do total de quatro leilões que serão realizados esse ano, apenas os dois últimos, e de maior importância, terão já os novos índices de conteúdo local em vigor: a 14ª rodada, em setembro, e o leilão do pré-sal, previsto para novembro.
O porta-voz do “Movimento Produz Brasil”, que congrega várias entidades representantes da cadeia nacional de fornecedores, José Ricardo Roriz, comentou que hoje, de fato, foi um dia comparável ao 7 x 1 para a indústria brasileira. A decisão do governo, na opinião do executivo, foi frustrante para as empresas brasileiras, que participaram das discussões da revisão da política de conteúdo local. Ele ainda destacou que a decisão vai contra a necessidade do Brasil, com 12 milhões de desempregados, já que com menores índices, menos vagas serão abertas em nosso País.
“O mais negativo da nova política de conteúdo local é não separar os serviços dos bens. Isso foi o pior que aconteceu. A gente não consegue enxergar onde entrará a engenharia nesses novos índices apresentados, o que para nós muito ruim. Tudo começa pela engenharia. Foi um golpe muito grande”, afirmou.
Apesar da decisão contrária aos interesses da cadeia nacional, Roriz declarou que o Movimento Produz Brasil seguirá debatendo a questão com o governo. “Nós vamos continuar discutindo. Não adianta brigar e achar que não podemos reverter esse quadro. Para nós, isso que foi apresentando não faz sentido. Vamos tentar conversar e ver novos argumentos para reverter esse quadro desfavorável para a nossa indústria”, concluiu.
Interessante é que essa política de conteúdo local, que criou a maior rede de corrupção de empreiteiras (nunca antes visto na história desse país) e que afundou a empresa em dívidas, antes servia. Antes estava tudo bem. Tudo bem pra quem? O Brasil e a petrobras se quiserem prosperar devem entrar de vez no capitalismo e competir, caso contrário ela vai continuar sendo instrumento de políticas populistas (vide Venezuela) e fonte inesgotável de corrupção, que isso sim, só geram mais pobreza e miséria.
O idiota, o Brasil passa a fortalecer a construção de FPSO na China, país esse corrupto, apesar de dizer matar corruptos e com conteúdo local forte e vigente, como vários outros. Você sabe quantas pessoas as petroleiras estrangeiras vão empregar no Brasil? Quase ninguém , apenas algumas pessoas embarcadas e uma meia ixia no escritório! A corrupção continua lá com os chineses e em projetos em outros países e os brasileira aqui desempregados, seu imbecil.
Vc tá nervoso e destratando as pessoas porque vc era um dos favorecidos nessa sacanagem da construção naval. Essa bagunça sem fim
Pires, concordo com você que o cara de fato está nervoso e não justifica ter destratando o colega acima! Apesar disso, o pensamento dele tem fundamento. É bom lembrar a você que essa “sacanagem da construção naval” empregou milhares de pessoas, muitas delas responsáveis por sustentar famílias e que estão passando por dificuldades neste momento pois ficaram desempregadas com a grave crise econômica que assola o país. Pessoas essas que terão mais dificuldades de se recolocarem no mercado se a nova política de conteúdo local for colocada em prática, o que afetará a construção naval dentre outros setores da industria… Read more »
Lamentável o comentário de alguém com este pseudônimo. Anônimo como a própria assinatura do capitalismo impensado, que envergonha Adam Smith. Tu mesmo que afirma a razão sem razão da rede de corrupção. Como?
deixa ver se entendi. seu argumento é de que o maior esquema de corrupcao do país justifica mandar essas obras pro exterior ao inves de fomentar nossa industria nacional? acredito que você esteja muito equivocado e ajudará a pagar mais e mais impostos pra compensar os que nao pagam por estar desempregados ou pelas industrias que deixam de produzir. quanto a corrupção, continuará lá até que o sistema judiciário (muito bem pago por sinal) faça seu trabalho, nada além do seu trabalho.
No ano passado a Petrobrás perdeu parcela significativa do mercado nacional de combustíveis para a importação direta pelas distribuidoras em função de sua política de altos preços para bancar seus custos elevados e cottupção.
Essa política de conteúdo local custa caro ao Brasil e à Petrobrás, que só não quebra porque tem o governo como acionista controlador.
Ué Alex, então para resolver as questões da perda de espaço no mercado nacional de combustíveis, o problema do custo Brasil, sanar o rombo causado pela corrupção, diminuir os custos na exploração, produção de óleo e gás e da distribuição e comercialização dos combustíveis tem que necessariamente vender ativos estratégicos e quebrar o conteúdo local? Será que não se resolve de forma mais assertiva essa questão com uma legislação rigorosa e aplicada que coíba a corrupção, boa gestão na administração pública direta e indireta e uma reforma tributária que beneficie o setor produtivo e a economia como um todo, reforma… Read more »
Vamos deixar de ser iludidos. O Governo não adotaria estas medidas se não tivesse o apoio velado da população. A maior parte do povo associa as empresas brasileiras de petróleo e gás à corrupção, à decadência da Petrobras e ao combustível caro. Eles não conseguem separar o empresário e o político corrupto do técnico, do operário e do engenheiro, que estão preocupados com a excelência da fabricação, da construção e da montagem nos empreendimentos de óleo e gás. Eles não se importam se o projeto das plataformas ou das refinarias foi feito aqui, na China ou na Alemanha. Eles querem… Read more »
É realmente um absurdo! Como este governo imagina reverter a crise, se nao for gerando empregos?
A pergunta é a seguinte… esta regra vale para os contratos e leiloes ja realizados? Estao quebrando contratos ou é para as novas rodadas de negocio?
A julgar pelos pedidos de waiver solicitados, cara Mara Mognon, a regra deve valer para os contratos antigos. Creio. Assim mais uma vez o Brasil perde credibilidade pois os que aqui se instalaram sentem-se verdadeiros otários. Como queremos adquirir credibilidade internacional com tais tipos de dirigentes e atitudes? Que se danem a tecnologia e os empregos dos brasileiros governados por fantoches.
É ultrajante a posição do governo, em consonância com as idéias parentescas e com as das multinacionais do petróleo, ávidas par abocanharem grandes nacos do pré-sal, quer seja via os leilões que se avizinham, ou simplesmente e principalmente com a aquisição dos ativos propositadamente depreciados da Petrobras, que criminosamente são vendidos a preços vis pelo senhor vendilhão Pedro Parente, seu séquito diretor e CA, cumprindo os desejos do mentor maior “Governo Temer”, temerário, que os nomearam para a consecução dos objetivos previamente combinados com delatado pelo Sérgio Machado . Assim o governo mostra a sua cara entreguista, em total dissonância… Read more »
Onde se lê excessões leia exceções. Passou esta como outro concordâncias de número. Só descobrimos depois que enviamos
Sei que não estão vendo o povo e nem trabalhando para o povo pois sou trabalhador naval deste 1995 e em 1997 o governo falou que não tinha mão de obra para toca as obras e do nada em 2000 vem esta notícia de conteúdo nacional e há 3 anos voltamos a não ter mão de obra qualificada, como assim NÃO temos? Como assim NÃO temos engenheiros, administradores, técnicos…. entre outros? Profissional. Kd o povo com suas panelas kd os sindicatos…. Só gostaria de uma política mas para o Brasil.
Eu queria entender essas pessoas diminuir o conteúdo local e deixar o povo em uma situação muito pior e outra uma embarcação feita na China quando se chega no Brasil tá toda levada o cacete cheia de reparos pra fazer pois sinceramente engenharia e qualidade como a nossa e difícil de encontrar… Se as embarcações fossem feitas aqui mesmo que dure 2 anos de obra mas seria 2 anos de emprego pro povo que está qualificado e não pode trabalhar por não ter emprego… Cada dia vemos o quanto esses FDP políticos são medíocres egoístas só fodem o povo não… Read more »
Sem comentários! Enquanto o povo não quebrar o CONGRESSO NACIONAL e pendurar pelo pescoço cada um destes VERMES que se enlameiam nos bastidores do PODER iremos morrer a míngua.
Privatização, para acabar com a corrupção!O governo fala em suas propagandas que a Petrobras é nossa.Vocês. acreditam?
Vender pra acabar com a corrupção ???
Cara……..tu é mais burro do que parece….
Vc destratando uma pessoa deste jeito, está mostrando a cara do povo. Não tem condições nenhuma de participar de assunto nenhum. E é esse tipo de povo que o governo gosta.
Não acaba a corrupção, mas pelo menos não é o governo (digo contribuinte) que paga a conta.
Alex, não existe esquema de corrupção em que o contribuinte não paga conta, pois acaba sempre envolvendo troca de favores entre particulares e poder público. Só o fato de os valores envolvidos nos esquemas não serem licitamente declarados à receita ou ao fisco por si só mostra que o contribuinte está pagando a conta que diga-se de passagem é extremamente cara! Procure se informar um pouco sobre mal que a corrupção causa a uma nação antes de postar um comentário infeliz a respeito!
Que momento triste!
Industriais em geral que apoiaram o golpe, agora podem chorar…para nós, restará empregos de arrasta balde para os estrangeiros.
Esclarecendo: Estas medidas anunciadas, que desagradam a indústria já instalada aqui no Brasil, valem para os leilões da 14.a rodada do pós sal e de campos em terra e para a 3.a rodada do Présal. Estes leilões refletirão em encomendas e negócios (desta vez no exterior) daqui a cerca de 5 a 7 anos. Não se aplicam às rodadas passadas e aos leilões e contratos em andamento , que colocam encomendas de bens e serviços no mercado este ano e nos próximos 4. Estas medidas passam a valer somente depois de aprovadas e ratificadas pelo CNPE-conselho nacional de política energética… Read more »