HIRSA INVESTE EM TREINAMENTO DE PESSOAL E CRIA PROGRAMA PARA QUALIFICAR PROFISSIONAIS À DISTÂNCIA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –

matheusA Hirsa, especializada em gestão de metrologia e outras atividades no setor de óleo e gás, está investindo no que considera um de seus ativos mais valiosos: o quadro de profissionais. O plano estratégico da empresa para os próximos anos busca manter os funcionários atualizados das evoluções necessárias no menor tempo possível, e a resposta para essa demanda surgiu na forma de um programa de educação à distância, que contará com o apoio de universidades. O diretor da Hirsa, Matheus Freitas, afirma que o projeto está em fase final de conclusão e deve ser lançado em breve. “A nossa relação com o cliente é resultado do posicionamento e trabalho dos nossos colaboradores. Então apostar no nosso time torna nossos resultados melhores lá na frente. Esse é o planejamento de curto e médio prazo”, diz.

– Qual o planejamento da Hirsa para 2017?

Nosso planejamento para este ano aposta primeiro internamente em continuar investindo no que conseguimos construir de riqueza ao longo dos anos dentro da empresa, para que consigamos, apesar do momento da crise, prepará-la para o que virá nos próximos anos. Temos vários projetos internos, mas alguns mais latentes, como o desenvolvimento de um portal de educação à distância para o pessoal interno, em parceria com uma universidade brasileira. Teremos um processo de produção de conteúdo, treinamento e ensino do nosso pessoal, produzido em parceria com instituições de ensino de ponta.

– Como está organizado este projeto?

A ideia é baseada num tripé conhecido no mundo inteiro, que une iniciativa privada, academia e governo, mas no nosso caso não teremos o governo. O objetivo é cumprir o calendário de necessidades com a alta qualidade que nosso trabalho exige. O portal de educação à distância vai ser lançado em breve, com conteúdo de primeira linha, ferramentas de ponta e o que tem de mais moderno em termos de treinamento e educação.

– Como surgiu o projeto?

Isso foi motivado porque, como estamos bastante focados em serviços, nós “vendemos gente”, ou seja, a nossa relação com o cliente é resultado do posicionamento e trabalho dos nossos colaboradores. Então apostar no nosso time torna nossos resultados melhores lá na frente. Esse é o planejamento de curto e médio prazo.

– Quais serão os cursos contemplados pelo programa de ensino à distância?

Vai ser uma matriz que vai contemplar basicamente nossos pilares fundamentais. Vamos tentar traçar todo processo de formação de alguém que entra na empresa. Temos uma dinâmica de contratação muito rápida hoje. Por exemplo, se fechamos um contrato em um lugar longe das nossas bases, com a necessidade de contratar 20, 30 pessoas, o processo de treinamento é um pouco mais complexo. Com o novo programa, o teste das capacidades e o aperfeiçoamento da qualificação dessas pessoas vão ser agilizados.

Além disso, existem processos e procedimentos de trabalho que são desenvolvidos internamente. Esse é o nosso tesouro; a forma como executamos nosso trabalho. Estamos traduzindo isso para uma linguagem mais moderna, multimídia, para levar nossa expertise para dentro dessa matriz, mantendo nosso pessoal treinado e qualificado.

Hoje, se precisamos fazer uma calibração, por exemplo, treinamos todo mundo, mas esses profissionais têm que passar por constantes revisões depois. Se um procedimento é alterado, por exemplo, temos que garantir que essas pessoas acompanhem essas evoluções. Essa nova matriz ajuda a expandir esses aperfeiçoamentos para todos os colaboradores, uniformizando a forma como o serviço é feito e garantindo a qualidade.

– Como avalia o cenário do setor de óleo e gás para este ano?

Acredito que há alguns indícios de melhora, principalmente nos indicadores econômicos. Eles mostram que parou de piorar, pelo que vemos. Na nossa área, sentimos uma leve reação, principalmente em termos de cotações. Então estamos vendo áreas que estavam bem paradas aquecerem um pouco. Apesar de tímido, já é um passo interessante de reação. Tínhamos previsto que o ano seria bastante ruim na economia, mas vemos que há um esboço de melhora e isso deixou a gente um pouco mais otimista.

– Como está a situação no segmento de metrologia?

Nas áreas de serviços, como gestão metrológica, mediação e calibração, o impacto da crise não foi tão grande, porque são atividades compulsórias. Têm que ser feitas de qualquer jeito. Não só para a Petrobrás, mas também para as outras empresas que trabalham com produção. E felizmente conseguimos expandir esse serviço recentemente, o que nos deixou ainda mais otimistas. Na área de produtos que a situação foi mais complicada, mas agora vemos algumas reações, mesmo que ainda tímidas.

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