GRAÇA FOSTER AFIRMA QUE VALOR DE CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS PODE SER AINDA MAIOR QUE O INVESTIGADO

A presidente da Petrobrás, Graça Foster, disse que o valor de corrupção apurado na estatal pela Operação Lava-Jato, estimado em aproximadamente R$ 4 bilhões, pode ser ainda maior. “Novos ajustes podem ser feitos dependendo das novas informações. Não recomendamos ao Conselho a utilização do valor justo. Na análise das consultorias independentes, há vários disclouseres que indicam que mudanças nos números podem ocorrer”, afirmou em conferência com analistas financeiros.

O valor usado nos esquemas de corrupção tem sido na casa de R$ 4 bilhões, já que seu balanço foi avaliou seus investimentos em R$ 88 bilhões, e, baseado nas declarações do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, o superfaturamento era de em média 3% do total. “Vamos fazer uma limpeza muito firme e dedicada para ter uma avaliação correta para nosso patrimônio liquido. A posição de caixa da Petrobras não é afetada por ajustes da corrupção ou por reavaliação dos seus ativos”, observou Graça.

Com 120 dias para publicar o balanço auditado do trimestre sem que ocorra nenhuma perda, a Petrobrás corre contra o tempo para não ver sua situação de endividamento piorar ainda mais. Afinal, entre setembro de 2013 e o mesmo mês de 2014, o endividamento aumentou de R$ 249 bilhões para R$331,7 bilhões.