GREVE ATRASOU A CERTIFICAÇÃO NO MAR DA PLATAFORMA P-58
A greve por falta de pagamento de salários, embora já tenha terminado, causou atrasos na finalização da Plataforma P-58 e comprometeu a saída do navio para testes de certificação no mar. A previsão era de que o navio sairia amanhã, sábado (23), pelas condições de tempo ideais, mas o atraso na colocação de vários corrimãos comprometeu a fiscalização da Capitania dos Portos, que ainda não liberou a embarcação para ir ao mar. O próximo prazo previsto é para o final da semana que vem.
A greve foi suspensa depois de uma negociação de emergência e as obras de finalização da Plataforma P-58 voltaram à normalidade. O acordo final feito entre a Petrobrás, o consórcio formado por Queiroz Galvão e Camargo Corrêa e as empreiteiras subcontratadas só será validado mesmo na semana que vem, quando devem ser pagos os 50% finais da dívida das epecistas com as subcontratadas. Mesmo depois do acordo, alguns soldadores da empresa RVT ainda não voltaram ao trabalho.
Em nota divulgada pela Petrobrás, a estatal informou em reuniões realizadas no mesmo dia que garantiu que os compromissos com os colaboradores – pagamento quinzenal e quitação de rescisões – serão honrados. A Companhia informou ainda “que está rigorosamente em dia com todas as suas obrigações perante a Construtora Queiroz Galvão”, mas não fez referência sobre a solução dos pleitos colocados há meses que ainda estão sendo estudados, sem prazo para decisão final.
A P-58, avaliada em US$ 1,3 Bilhão, é a quarta plataforma de exploração de petróleo construída no Polo Naval de Rio Grande. Ela vai operar no campo de Baleia Azul, a cerca de 78 quilômetros da costa do Espírito Santo. Quando estiver operando a pleno vapor irá processar, armazenar e escoar petróleo em águas com profundidade de 1,4 mil metros
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