GRUPO MPE QUER AMPLIAR PRODUÇÃO DE MÓDULOS PARA PLATAFORMAS

O Grupo MPE tem crescido a passos largos nos últimos anos e a área de óleo e gás é uma das principais responsáveis pelos resultados positivos. Recentemente ganhou o contrato para fazer as tubovias do Comperj, e a fabricação de módulos para navios-plataforma (FPSOs) está entre as prioridades no plano estratégico de expansão da empresa. O diretor comercial do grupo, Tadeu Maia, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou que a empresa está fazendo 12 módulos para a Modec, além de negociar com Honeywell, Siemens e Cameron.

Como estão vendo o mercado de óleo e gás?

A perspectiva para 2013 me parece boa, tem bastante coisa que a gente pode fazer tanto no downstream quanto no upstream. Muita coisa de módulos, que é o nosso foco.

Tem novos contratos para a fabricação de módulos?

Estamos com um canteiro bom lá em Itaguai (RJ), já com contrato para fazer 12 módulos para a Modec. Também estamos negociando com a Honeywell, com a Siemens, e estamos fazendo alguma coisa com a Cameron também. Talvez a gente tenha que ir para Houston para negociar com eles quatro módulos que estão querendo fazer.

Serão módulos utilizados em unidades da Petrobrás?

Serão todos para FPSOs, tanto para os que a Petrobrás está contratando, quanto para as unidades que ela vai afretar de outras empresas.

Quais tipos de módulo vocês fazem?

Podemos fazer todos os módulos até 1.500 toneladas. Acima disso, não temos capacidade ainda, mas quase todos os módulos estão dentro dessa limitação, não tem nada muito maior do que isso, então estamos ofertando para praticamente todos eles.

Quais estão em vista?

Esses da Cessão Onerosa não podemos fazer propostas, porque a Petrobrás convidou só as empresas que têm estaleiro para fazer, então só quem está fazendo a integração poderá fazer os módulos. Teremos que fazer propostas para subcontrato e estamos negociando com algumas empresas para fazer os módulos para eles. Já temos uma infraestrutura boa, uma qualidade de serviço muito bem colocada, temos um preço bastante competitivo e um conteúdo local praticamente total, então são boas as expectativas. Vamos tentar desenvolver cada vez mais isso, queremos inclusive encontrar outro local para fazer, porque a gente acha que vai crescer bastante.

A ponto de abrir um estaleiro?

Não sei. Depende muito do que a empresa vai querer fazer de investimento. Não estamos pensando nisso ainda. Pode ser no futuro, mas para ano que vem, pelo menos, não.

Quais são as expectativas para os próximos anos?

Eu sou bem otimista em relação a isso. Vivi um momento da engenharia, nos anos 90, em que a gente não tinha nada, tinha que sobreviver de manutenção, e quando tinha um contrato de dois ou três milhões de dólares era uma maravilha. Hoje tenho expectativa de apresentar, todo mês, propostas da ordem de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão para as áreas de petróleo, siderurgia, alguma coisa de papel e celulose, muita coisa de aeroportos e portos.

Na área de petróleo, quais são os destaques?

No petróleo, acho que temos negócios para 10 anos. Com o Comperj, a refinaria do Maranhão (Premium I), do Ceará (Premium II), a ampliação que precisa ter na oferta de combustível, além dos contratos de melhoria de qualidade dos combustíveis – os HDTs  (Unidades de Hidrotratamento) – que vão ter que continuar sendo feitos, porque a octanagem tem que melhorar e a quantidade de CO2 tem que diminuir.  Então acho que a expectativa para os próximos 10 anos é muito boa. Quem souber fazer, vai crescer cada vez mais. 

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