GRUPO PRINER QUER APROVEITAR AS EXPERIÊNCIAS OBTIDAS NA CRISE DA PANDEMIA PARA CRESCER MAIS EM 2021
O Perspectivas 2021 desta terça-feira (22) traz o pensamento e as opiniões de Túlio Cintra, o CEO da Priner, que é uma empresa destaque que atua em montagens e serviços para as áreas petroquímica, siderurgia, papel e celulose, petróleo e gás e serviços industriais. Um dos segredos da companhia para cruzar o ano em melhores condições foram as rápidas decisões tomadas quando pandemia dava os seus primeiros passos no Brasil, já fazendo algum estrago na economia. “Tivemos muita velocidade nas ações, pois já no terceiro mês de ajustes voltamos a ter bons resultados consolidados”, revelou Cintra. A companhia reviu alguns processos internos que resultarão, segundo espera, uma produtividade ainda maior num curto prazo. Os negócios pararam em 2020, mas não houve nenhum cancelamento de obras que pudesse afetar a empresa. E isto foi importante. Para 2021, o CEO da Priner acredita que será um ano de grandes desafios, mas a experiência adquirida com todos os percalços, foi importante. Vamos, então, saber como foi o 2020 da Priner e o que a empresa almeja para seu futuro:
1- Como o senhor e a sua empresa enfrentaram os desafios de 2020 com a pandemia apanhando a economia em pleno voo de subida?
– Estávamos preparados e equipados para um ano de muitos projetos. A pandemia nos forçou a desmobilizar mão de obra direta e indireta que não teriam saído da companhia tão cedo. Tivemos muita postergação e redução de pessoal, obras, mas felizmente nenhum cancelamento. Entretanto, dado que não havia uma data precisa do retorno à normalidade, optamos pela redução de despesas, onde infelizmente a conta salários tinha o maior peso. Tivemos muita velocidade nas ações pois já no terceiro mês de ajustes voltamos a ter bons resultados consolidados.
Aproveitamos para lançar vários projetos em TI e revimos processos internos que resultarão em significativo ganho de produtividade no curto prazo. Também identificamos soluções robóticas que reduzirão a presença humana nas frentes de serviço, com menor risco de acidentes, e redimensionamos o nosso organograma.
2- Quais são as perspectivas do senhor e da sua empresa para 2021?
– Será um ano de tantos desafios quanto 2020, mas com bastante experiência adquirida. Se por um lado os projetos antes postergados seguirão em diante, por outro esses terão de conviver com o cenário pandêmico. Planejamos enfrentar um ano onde não teremos imunidade em massa e nem os efeitos esperados da vacinação, entretanto nosso headcount será muito maior do que foi em 2020.
Os projetos de M&A seguem em curso e a mobilização de equipamentos para atender o nosso backlog está dentro do cronograma. Entre fevereiro e maio, nossa necessidade de equipamentos de acesso será recorde. Em suma, não há mais a opção de estacionar o carro e esperar. Vamos atender todos os nossos clientes com excepcional zelo, reduziremos velocidade em uma atividade ou outra dependendo do problema, mas nada irá estacionar novamente.
Devido ao represamento de 2020, teremos um ano muito mais ativo. Isso demandará uma proximidade ainda maior com os clientes, para que o tema da pandemia seja gerenciado da melhor forma possível sem gerar interrupções dos projetos ou prejudicar o pessoal envolvido. Ao longo de 2020 aprendemos muito, já é possível fazer obras quase que normalmente.
3 – Se o senhor fosse consultado, quais as sugestões e recomendações faria para o governo neste ano que está prestes a começar?
– Eu recomendo o foco grande na vacinação em massa e no retorno das crianças as aulas. Isso demandará planejamento da infraestrutura de distribuição e fabricação. Enquanto não houver segurança quanto ao domínio da doença, a economia pisará em ovos. Além do dano psicológico e o atraso na formação dessa geração, se as crianças não retornarem às escolas os pais não conseguirão trabalhar plenamente, o que tem um efeito grande na retomada.
Deixe seu comentário