GUARDA IRANIANA TOMA PETROLEIRO SUL COREANO E AUMENTA A TENSÃO PARA UM CONFLITO BÉLICO NO GOLFO PÉRSICO
Sobe a tensão depois que o governo do Irã mandou tomar um petroleiro sul-coreano MT Hankuk Chemi nesta segunda-feira (4), ao mesmo tempo em que anunciou a retomada do aumento de enriquecimento de seu urânio, violando o acordo nuclear de 2015. Parece ser um desafio nos últimos dias de governo do presidente Donald Trump e um sinal de negociação para o novo governo de Joe Binden. Essas decisões ocorreram em meio a um aumento da movimentação militar americana no golfo Pérsico. Os barcos da Guarda Revolucionária iraniana tomaram o petroleiro no caminho entre os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, sob a acusação de estar poluindo águas do golfo com produtos químicos. Certamente toda esta situação vai interferir nos preços do petróleo.
O governo de Seul, forte aliado dos Estados Unidos, determinou o envio de navios de guerra para a região. O incidente ocorreu às vésperas da visita a Teerã do vice-chanceler sul-coreano, que deveria tentar negociar um acordo entre os dois países. O Irã acusa a Coreia do Sul de congelar bilhões de dólares a serem pagos por petróleo exportado e que seriam usados para comprar comida e remédios, num momento em que a pandemia de coronavírus atinge o país.
As tensões somaram-se a uma mobilização militar americana no golfo. Desde outubro, antes da eleição, o Pentágono despachou 2.000 soldados adicionais e um esquadrão de caças para a Arábia Saudita. Manteve o porta-aviões USS Nimitz(foto a direita) perto das águas iranianas e enviou um submarino com mísseis de cruzeiro para a região, além de promover três missões ostensivas na área com os poderosos bombardeiros B-52(foto a esquerda). Israel, que tem em Trump o presidente americano mais próximo em sua história, também enviou um submarino de ataque para perto do Canal de Suez(foto a abaixo a direita). Na véspera do Ano Novo, o chanceler iraniano, Javad Zarif, afirmou que Washington buscava um “pretexto para a guerra.” No Iraque, novas baterias antiaéreas foram instaladas no fim do ano em torno da base americana no aeroporto de Bagdá.
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