GUIANA PODE PASSAR EM BREVE A SER O 11º PAÍS A PRODUZIR MAIS DE 1,1 MILHÃO DE BARRIS DE PETRÓLEO POR DIA
A Guiana emergiu como local promissor de perfuração offshore na América do Sul, após a gama de descobertas de petróleo feitas pela ExxonMobil e seus parceiros Hess e CNOOC, no bloco offshore Stabroek, desde 2015. O país viu recentemente a companhia americana atualizar sua estimativa de recursos para o bloco de 9 bilhões para 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Com o sucesso no offshore da Guiana, a previsão é que o país bombeará mais de 800.000 barris de petróleo leve (densidade de 32 ° API) e doce (0,58% de teor de enxofre) por dia até 2026. Existe ainda uma projeção, feita pela Wood Mackenzie, de que a nação sul-americana estará bombeando em média mais de 1,1 milhão de barris de petróleo bruto por dia em 2028, tornando-se apenas o 11º país na história do petróleo a atingir a marca de um milhão de barris por dia.
Há sinais de que o boom do petróleo na Guiana está tornando-se cada vez maior, com o impulso de outras empresas internacionais de energia manifestando interesse em desenvolver operações no país. Isso ocorre em um momento em que existem ventos contrários consideráveis em relação às perspectivas para o petróleo bruto, incluindo as ameaças de demanda representadas pela pandemia de covid-19, a chegada do pico de demanda de petróleo e as crescentes pressões por mudanças climáticas.
Apesar dos riscos, a Guiana tem sido apontada como uma jurisdição atraente para as empresas de energia operarem devido ao petróleo bruto de alta qualidade, baixos preços de equilíbrio e um ambiente regulatório favorável. O consórcio Stabroek Block, liderado pela Exxon, conseguiu um acordo de partilha de produção com Georgetown que tem uma taxa de royalties incrivelmente baixa de meros 2%, muito mais baixa do que qualquer outro país na América do Sul. O governo da Guiana também está prestes a reembolsar o consórcio por todos os custos de desenvolvimento, despesas operacionais, custos estimados de abandono e despesas com juros. É um negócio muito lucrativo para a Exxon, Hess e CNOOC. Espera-se que a produção no bloco aumente para 1 milhão de barris por dia ou mais antes do final da década.
O governo da Guiana indicou que pretende oferecer novas áreas de hidrocarbonetos e blocos existentes que foram cedidos por operadores anteriores por não cumprirem obrigações contratuais, incluindo compromissos de exploração. As novas licenças a serem concedidas por Georgetown terão uma vida útil de 10 anos com termos que deverão ser significativamente menos favoráveis do que o acordo de 2016 assinado com o consórcio liderado pela Exxon para o Bloco Stabroek.
O leilão planejado, junto com acordos revisados que são mais favoráveis para a ex-colônia britânica, dará mais impulso ao boom do petróleo que gerou enormes benefícios para o país. Em 2020, o FMI constatou que o produto interno bruto do empobrecido país sul-americano disparou notáveis 43,5%, quando sofreu uma forte contração em relação a todos os outros países do continente por causa da pandemia. As atividades de desenvolvimento e produção estão apenas na infância no prodigioso Stabroek Block, onde a Exxon fez 23 descobertas de petróleo de alta qualidade e agora está de olho no desenvolvimento do Projeto Yellowtail, que compreende as descobertas Yellowtail-1, Yellowtail-2 e Redtail-1. O empreendimento envolverá a perfuração de 41 a 67 poços e adicionará 250.000 barris por dia de capacidade quando estiver online no final de 2025 ou início de 2026.
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