HIRSA SUPERA DIFICULDADES, MANTÉM EQUIPES PORQUE ACREDITA EM BOM ANO PARA O SETOR DE PETRÓLEO E DEFENDE PRIVATIZAÇÕES
Dentro do nosso projeto Perspectivas 2021, buscando ouvir personalidades que influenciam de alguma forma o mercado, conversamos com o Diretor da Hirsa, Matheus Freitas, uma jovem e boa liderança do segmento de óleo & gás. Para sua empresa, que vai comemorar 40 anos de atuação neste ano, 2020 foi uma surpresa para todos, com desafios imensos a serem superados. Principalmente para a cadeia de fornecimento do setor de óleo gás, onde as dificuldades foram ainda maiores, em função dos problemas enfrentados pelo mercado, inerte desde 2014. Ele está otimista para este ano, mas com cautela, acreditando que as perspectivas, na verdade, são as mesmas do ano passado, em função do planejamento que foi feito, não ter sido colocado em prática. Mas o esforço que a companhia fez, revela, “não desmantelando suas equipes de profissionais”, apesar de todos os problemas que precisaram cruzar, em sua opinião, será um diferencial este ano.
A Hirsa atua em todo Brasil no setor de óleo e gás, fazendo diversos serviços, como o controle de vazão de petróleo de plataformas de produção, calibração de equipamentos, trazendo a tecnologia do segmento de automação e controle de processos produtivos, com os requisitos técnicos, normativos, com respeito ao meio ambiental, uma marca que a empresa quer em destaque.
O aprendizado na convivência que a pandemia proporcionou, pode fazer de 2021 um ano sem tantos traumas. Matheus defende algumas mudanças para que o Brasil melhore, mas ressalta a necessidade de uma reforma tributária e política, e que a “polarização política não seja trazida para o mercado”. Além da ampliação do programa de privatização, porque “pode trazer mais eficiência e competitividade”. Veja agora as suas opiniões:
1 – Como o senhor e a sua empresa reagiram a chegada da Pandemia, pegando a economia do Brasil em pleno voo de subida?
– Em 2020 a gente esperava que o Brasil efetivamente que com a agenda econômica, financeira e política de fato fosse decolar, com o dever de casa sendo feito, com as reformas enviadas para o congresso, num cenário extremamente positivo. Da forma como estava sendo encaminhado seria fantástico. Infelizmente chegou a Covid e tivemos que rever todo posicionamento, com a economia dando cavalo de pau, puxando o freio de mão, e aí todo nosso planejamento de crescimento, desenvolvimento, tiveram que ser revisto.
E fomos para dentro dos custos mais uma vez, refazer todo nosso planejamento. Toda parte de custos, contratos, legislação trabalhista foram flexibilizados. Em função desses problemas, o ano de 2020 basicamente andou de lado e a gente teve que se adaptar a toda sorte de desafios que foram colocados em nossa frente para que a gente pudesse atender ao mercado. O que foi colocado como primordial, não poderia parar. E fomos com a cara a a coragem e saímos do outro lado.
Basicamente foi o foco na operação. Enxugar o que poderia haver de custo e encarar os desafios de ter a operação com os custos extremamente elevado em função dos atendimentos aos regimes de embarque bem maiores, com o mesmo nível de pessoal, por isso, todo arcabouço estratégico e de planejamento de embarque foi perdido, porque não tínhamos o que fazer. Os custos aumentaram e a receita diminuiu, assim como as demandas. Mas definimos seguir em frente, manter os empregos, esperando por dias melhores e graças à Deus conseguimos ter êxito e sair do outro lado. Os custos não foram pequenos, mas acho que tomamos a decisão correta para entrar em 2021 com força total, com a equipe sem estar desmantelada, podendo atender ao mercado com o êxito que a gente sempre teve.
2- E como está vendo as Perspectivas para este ano?
– As perspectivas de 2021 basicamente são as perspectivas de 2020. Infelizmente com as considerações do Ciovid, não é? Mas eu acho que a Pandemia não vai influenciar tanto na agenda como influenciou no ano passado. Está havendo uma adaptação na forma como as pessoas estão se comportando nesta pandemia. Que é muito séria, extremamente complexa e as vertentes que se conhece, não é possível ter negacionismo, pessoas morreram, ficaram doentes, mas não foi da forma alarmista como a mídia está se pronunciando. Acho que a agenda econômica, se o Covid deixar, vai decolar, com perspectivas de 2020 sendo aplicadas em 2021.
O nosso entendimento é que tem tudo para ser muito bom. Estamos com a empresa preparada para atender as demandas do mercado, na área de óleo e gás e de serviços. Acreditamos em muitas coisas boas, principalmente na área de privatização. Vamos ter o mercado se expandindo para competitividade, com abertura, para eficiência. Isso é bom. Esperamos que aconteça para que a gente possa expandir a nossa participação no market share no mercado. Obviamente depende do poder público encarar essa pandemia da forma como deveria ser desde o início. No nosso entendimento tem tudo para dar certo para o Brasil crescer, nossa economia de fato também crescer além do agrobusiness, principalmente no nosso mercado para entregarmos um bom serviço e prosperar.
3- Se o senhor fosse convidado pelo governo a opinar e dar sugestões, o que levaria como aconselhamento?
– O mais importante é continuar agindo positivamente nas privatizações, nas reformas. Reformar política, reforma fiscal, que são fundamentais para conseguirmos saído outro lado e se apresentar para o mercado internacional como opção viável, responsável e que o capital não tenha medo. Isso é o principal. A outra coisa é tentar evitar essa polarização de ideologias dentro do mercado, que só prejudica todo mundo.
Sei que é muito difícil, porque a política chama sempre para briga, porque é difícil você se abster de um posicionamento. Mas, acima de tudo, tem que pensar no Brasil. A agenda é boa, muito boa. O problema é a forma como ela é tocada. Acho que a principal reivindicação seria essa. Procurar menos briga e mais efetividade. Se mantiver a agenda, acho que vamos nos sair bem, porque temos todas as condições para despontar.
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