IBP DIZ QUE POTENCIAL DA MARGEM EQUATORIAL JUSTIFICA A PERFURAÇÃO DE POÇOS NA REGIÃO
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), presidido por Roberto Ardenghy, voltou a comentar sobre a exploração na Margem Equatorial brasileira. Como se sabe, o Ibama negou recentemente a licença ambiental para a Petrobrás perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-59, localizado em alto mar, a cerca de 175 Km da costa do Amapá e a 560 km de distância da foz do Rio Amazonas. Um dos principais argumentos apresentados pelo Ibama ao negar a licença ambiental foi a inexistência de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) na região onde a Petrobrás pretende perfurar o poço.
Para o IBP, a exigência de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para toda a Margem Equatorial causa impacto significativo do processo de desenvolvimento de projetos de diversas empresas, não apenas na Foz do Amazonas mas também nas bacias de Barreirinhas, Pará-Maranhão e Potiguar. “Também configura elemento de grande preocupação para as empresas que adquiriram áreas oferecidas pelo poder público em licitações da ANP se defrontarem com exigências ambientais adicionais para a realização de atividades inerentes ao trabalho exploratório de descoberta e avaliação de reservas”, disse a entidade. O instituto diz ainda que o potencial da Margem Equatorial é um argumento forte para permitir ao menos a perfuração de poços exploratórios na região, de modo a identificar as possíveis reservas de hidrocarbonetos.
Veja abaixo o posicionamento do IBP na íntegra:
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal entidade que representa o setor no país, reforça a necessidade de desenvolver atividades de exploração em áreas ainda não mapeadas, como a Margem Equatorial brasileira, diante do enorme potencial para aumentar as reservas nacionais e gerar mais desenvolvimento socioeconômico.
O IBP reitera seu apoio às recentes declarações do Ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, na direção de buscar o desenvolvimento das atividades exploratórias para se comprovar existência de petróleo e gás natural e sua viabilidade econômica, sempre com total segurança e respeito ao meio ambiente. Também apoia as ações da empresa operadora Petrobras na reapresentação do pedido de retomada do processo de licenciamento do poço pioneiro na bacia sedimentar marítima Foz do Amazonas
O sucesso exploratório revelado na Guiana, com a descoberta de mais de 10 bilhões de barris de petróleo, indica potencial na Margem Equatorial brasileira, pois ambas possuem formação geológicas similares. Mas a comprovação da existência ou não de hidrocarbonetos, e em volumes que justifiquem a sua exploração, só ocorrerá com a perfuração de poços exploratórios.
Em relação à decisão do órgão ambiental de indeferir a licença para a atividade de perfuração de um poço pioneiro na região, o Instituto ressalta que somente na área da Foz do Amazonas já foram perfurados 85 poços desde os anos 1970, sem o registro de acidentes significativos. Além disso, a exigência de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para toda a Margem Equatorial causa impacto significativo do processo de desenvolvimento de projetos de diversas empresas, não apenas na Foz do Amazonas mas também nas bacias de Barreirinhas, Pará-Maranhão e Potiguar.
Também configura elemento de grande preocupação para as empresas que adquiriram áreas oferecidas pelo poder público em licitações da ANP se defrontarem com exigências ambientais adicionais para a realização de atividades inerentes ao trabalho exploratório de descoberta e avaliação de reservas.
O IBP reafirma o comprometimento de todas as empresas de óleo e gás que operam no Brasil em desenvolver suas atividades exploratórias com o mais alto rigor de segurança e respeito ao meio ambiente. O Brasil possui liderança mundial em exploração e produção de em águas ultra profundas. Graças à tecnologia desenvolvida no país, o setor de petróleo brasileiro é capaz de realizar atividades de perfuração, exploração e produção com segurança e responsabilidade ambiental.
A indústria de petróleo e gás opera com os mais elevados padrões de segurança, atuando sempre de forma preventiva na identificação de riscos e na mitigação de quaisquer potenciais impactos ao meio ambiente. Lembramos ainda que todos os dias são produzidos no Brasil cerca de 3,5 milhões de barris de petróleo em diversas regiões do país, sem ocorrência de incidentes de maiores proporções.
O IBP e suas associadas buscam diariamente realizar suas atividades com a máxima eficiência e segurança para que o setor seja ainda mais relevante para a economia nacional. A indústria de óleo e gás representa cerca de 10% do PIB industrial e tem a estimativa de geração de mais de 445 mil postos de trabalho diretos ou indiretos ao ano na próxima década com investimentos estimados de US$ 180 bilhões. A descoberta de novas fronteiras exploratórias é necessária não só para a reposição de reservas em fase de declínio, mas também para contribuir para o posicionamento do Brasil como líder mundial na geração de energia, o que atrairá ainda mais recursos ao país, contribuindo para o desenvolvimento da economia brasileira.
Deixe seu comentário