IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF É APROVADO POR 61 VOTOS NO SENADO
Terminou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que acaba de ser afastada definitivamente do cargo, após 61 senadores votarem a favor do processo, ante apenas 20 votos contra o impeachment, em uma votação sem abstenções, caso raro no Congresso Nacional. Apesar da aprovação do impeachment, os direitos políticos da presidente afastada não foram cassados, por conta de uma votação separada, em que não houve maioria de votos pela cassação.
Dilma tentou como última cartada ir ao Senado fazer sua própria defesa na segunda-feira (29), em momento que foi marcado pela cordialidade entre senadores e a presidente, diferente do clima de confronto que havia pontuado as primeiras sessões do processo, mas mesmo sua presença e defesa oral não foram suficientes para reverter o quadro.
É o segundo impeachment aprovado no Brasil em apenas 21 anos de retorno à democracia no país, após o fim da ditadura militar, tendo sido o primeiro deles em 1992, em relação ao então presidente Fernando Collor, que agora figurou na galeria de algozes de Dilma, como senador por Alagoas, votando a favor do impeachment.
O PT e seus defensores, assim como Dilma e seu advogado no processo, José Eduardo Cardozo, tentaram usar a versão de que o impeachment dela seria um golpe, alegando que ela não teria cometido crimes, mas o discurso não teve eficácia, sendo rebatido pelos opositores a partir dos argumentos do Tribunal de Contas da União, que apontou crime de responsabilidade de Dilma Rousseff em relação às chamadas “pedalas fiscais”, manobras utilizadas para atrasar repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos que haviam financiado programas de governo.
Com o fim do processo do impeachment, o vice Michel Temer, que já estava atuando como interino, vai assumir definitivamente o mandato de presidente da república, até o fim de 2018.
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