INB INAUGURA NESTA SEXTA-FEIRA A DÉCIMA CASCATA DE ULTRACENTRÍFUGAS DA FÁBRICA DE COMBÚSTÍVEL EM RESENDE

inbUm novo feito e tanto para a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A empresa vai inaugurar amanhã (25) a décima cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio. O empreendimento está instalado na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende (RJ). Com os novos equipamentos, a empresa será capaz de atender 70% da demanda das recargas anuais da usina nuclear Angra 1.

As cascatas de ultracentrífugas são usadas no processo de enriquecimento de urânio, fazendo a separação do átomo urânio-235 do átomo urânio-238. Por ser mais pesado, o urânio-238 se desloca para as paredes da ultracentrífuga, enquanto o urânio-235, por ser mais leve, se concentra no centro, de onde é retirado. O objetivo do processo é aumentar para até 5% a concentração do urânio-235.

A tecnologia de enriquecimento do urânio pelo processo da ultracentrifugação foi desenvolvida no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN /CNEN). O desenvolvimento dessa tecnologia é motivo de orgulho para o país. O Brasil faz parte de um restrito grupo de 13 nações reconhecidas internacionalmente pelo setor nuclear como detentoras de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção.

A implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da FCN está sendo realizada de forma modular, dividida em duas fases. Com a inauguração da décima cascata, a INB conclui a primeira etapa de desenvolvimento do projeto. Em seguida, virá o grande desafio: a segunda fase do projeto contempla mais trinta cascatas.

O projeto para a implantação da 2ª fase, denominada Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU) já foi iniciado com o projeto básico, que se encontra em elaboração, e com a solicitação de licenças aos órgãos de fiscalização: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)”, disse a INB.

Com a conclusão da segunda fase de implantação da Usina de Enriquecimento, o Brasil passará à condição de autossuficiência de enriquecimento de urânio. A previsão é que, até 2033, a INB seja capaz de atender, com produção totalmente nacional, as necessidades das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e, até 2037, a demanda de Angra 3.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of