INDICADORES DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA COMEÇAM APONTANDO ALTA NO INÍCIO DO SEGUNDO SEMESTRE
O consumo de energia elétrica no Brasil iniciou o segundo semestre em alta. Na primeira quinzena de julho, foram 59.706 megawatts médios consumidos no Sistema Interligado Nacional – SIN, uma ampliação de 1,5% na comparação com o mesmo período de 2020. É a menor taxa de crescimento do ano, aproximando o resultado dos patamares de períodos pré-pandemia. Em relação à primeira quinzena de julho de 2019, o aumento foi de 1,2%. Os dados são preliminares e fazem parte do Boletim Informercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, declarou: “Em abril e maio deste ano, tivemos uma alta forte do consumo em relação aos mesmos meses do ano passado, mas o número foi impulsionado pela base muito atípica de 2020. Agora, retomamos um ritmo de crescimento mais próximo do que é a média histórica do setor e devemos continuar observando aumentos gradativos ao longo do segundo semestre.”
Assim como ocorreu em meses anteriores, o mercado livre foi o principal motivador dos aumentos registrados na primeira quinzena de julho. O segmento, no qual grandes consumidores podem negociar sua energia diretamente com geradoras ou comercializadoras, registrou alta de 13,3% na comparação com o ano passado. Enquanto isso, o mercado regulado, em que a comercialização de energia ocorre por meio das distribuidoras, observou uma retração de 4,1%. Parte desse resultado se deu por conta da entrada de novas cargas no Ambiente de Contratação Livre – ACL, saídos do regulado. Se considerássemos apenas as cargas que já existiam nesses segmentos no ano passado, o mercado livre teria crescimento um pouco menor do consumo, de 8,4%. De seu lado, a queda na fatia das distribuidoras teria sido mais branda, de 1,9%.
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