INDÚSTRIA QUÍMICA SE REÚNE COM MINISTRO PARA PEDIR ACORDO DE LONGO PRAZO PARA FORNECIMENTO DE NAFTA
Representantes da indústria química brasileira se reuniram nesta semana com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (foto), para pedir a definição do contrato de fornecimento de nafta pela Petrobrás junto às empresas do setor. O grupo, liderado pela Frente Parlamentar da Química, apontou para o cenário de paralisação de investimentos que vem sendo causado pela falta de um acordo a longo prazo; segundo os executivos, cerca de R$ 8 bilhões estão sendo segurados no mercado devido à indefinição. Na reunião com o ministro, também foi abordada a necessidade de se definir uma política pública voltada à utilização de gás natural como matéria prima na indústria brasileira.
O encontro, realizado nesta terça-feira (29), contou também com a presença de sindicalistas do setor químico. Analisando a situação de indefinição no acordo de nafta entre a Petrobrás e a Braskem, o ministro Braga afirmou que as duas empresas vêm debatendo novas soluções a longo prazo e a expectativa é de que as condições do contrato sejam concluídas ao longo das próximas duas semanas.
“Esperamos construir com a Petrobrás e com o setor um contrato que seja de longo prazo e que isso possa ser feito nas próximas duas semanas, para tranquilizarmos o setor e sinalizarmos isso para os investidores”, explicou Braga. Segundo o ministro, a resolução deve trazer uma trava para possíveis oscilações de preços, que poderá ser revista a cada um ou dois anos para garantir maior segurança nos investimentos da indústria.
As dificuldades vividas atualmente pelo segmento foram tema central na reunião, que analisou o agravamento do cenário de demissões no país. Segundo dados apresentados pelo Sindicato dos Químicos, apenas no polo petroquímico do Grande ABC, em São Paulo, já foram extintos mais de 2 mil cargos de trabalho.
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