INSTITUTO DE QUÍMICA E COPPE INAUGURAM LABORATÓRIO BIOETANOL DA UFRJ
Foi inaugurado hoje (29), o Laboratório Bioetanol da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O objetivo do empreendimento é testar tecnologias nacionais para todas as etapas de produção do etanol 2G, também chamado de álcool de segunda geração ou bioetanol. O projeto é uma parceria da Coppe e do Instituto de Química da UFRJ, com financiamento feito pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e apoiado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).
“No momento o Brasil não consegue produzir quantidade suficiente de etanol para atender o mercado interno e está importando etanol de milho dos EUA, cuja produção resulta em emissão de CO2 na atmosfera, ao contrário do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar”, observou o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. “É necessário expandir a produção brasileira e o Laboratório Bioetanol contribuirá bastante para que se atinja este objetivo”, avaliou.
A produção de cana-de-açúcar gera mais de 400 milhões de toneladas de resíduos por ano. O bagaço, resíduo da extração do caldo de cana, e a palha podem ser aproveitados por meio da ação de enzimas que realizam a hidrólise. Este processo consiste na “quebra” das moléculas de celulose para extração da glicose que, depois de fermentada, se converte em álcool.
No novo laboratório serão desenvolvidas tecnologias com base na hidrólise enzimática da celulose contida nos resíduos da agroindústria da cana-de-açúcar, do milho e do trigo. O objetivo é manter a sintonia com a atual tecnologia do etanol 1G e manter a sustentabilidade do processo, com a produção das enzimas nas próprias usinas de álcool, evitando o transporte por longas distâncias.
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