INTELIGÊNCIA DE ISRAEL DIZ AOS ESTADOS UNIDOS E ALIADOS EUROPEUS QUE O IRÃ ESTÁ PRONTO PARA ENRIQUECER URÂNIO A 90% | Petronotícias




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INTELIGÊNCIA DE ISRAEL DIZ AOS ESTADOS UNIDOS E ALIADOS EUROPEUS QUE O IRÃ ESTÁ PRONTO PARA ENRIQUECER URÂNIO A 90%

irãAs consequências sobe a decisão iraniana de continuar a enriquecer urânio com objetivo de se chegar a níveis de uso militar em suas centrífugas e, ao mesmo tempo, empurrando a decisão de voltar a aderir um plano de harmonização com as grandes nações, poderão sair do controle. E muito em breve. A inteligência de Israel compartilhou informações classificadas com a inteligência dos Estados Unidos e aliados europeus nas últimas duas semanas, sugerindo que o Irã está tomando medidas técnicas para enriquecer urânio com 90% de pureza, nível necessário para produzir uma arma nuclear. Enriquecer o urânio para 90% deixaria o Irã mais perto do que nunca do limiar de uma arma nuclear. Os alertas israelenses vêm no momento em que as negociações nucleares são retomadas em Viena, com o Irãbinden retornando à mesa de negociações após um hiato de cinco meses.  Os especialistas dizem que apenas  o enriquecimento, por si só,  não produziria uma bomba. As estimativas variam quanto ao tempo que o Irã levaria para dominar os requisitos tecnológicos adicionais, mas as fontes de inteligência americanas  e de Israel estimam o prazo de um a dois anos.

O Irã já está enriquecendo urânio a 60%, muito além dos níveis permitidos pelo acordo nuclear de 2015, quando o ex-presidente  Donald Trump decidiu abandonar o acordo. Agora,  o presidente Joe Biden (foto à direita) está tentando retomar o acerto. Não há uso civil para o urânio enriquecido a 90%. As informações de  inteligência que Israel compartilhou com o governo Biden sugerem que as etapas preparatórias iranianas permitiriam ao Irã avançar com um enriquecimento de 90% em semanas, se assim decidisse. Analistas de inteligência israelenses avaliam que o Irã pode dar esse passo em breve, na tentativa de ganhar vantagem nas negociações de Viena.

bnyIsrael também compartilhou uma avaliação da inteligência de que o desejo do Irã, poderia levar Teerã a aumentar ainda mais os ataques contra as forças e interesses dos Estados Unidos  na região por meio de representantes no Iêmen, Síria e Iraque. O governo Biden se recusou a discutir assuntos de inteligência, mas disse que “não era segredo que a decisão do antigo governo de abandonar o acordo nuclear de 2015 levou a uma aceleração dramática e sem precedentes do programa nuclear do Irã, e que os Estados Unidos estavam focados na diplomacia mas preparados para buscar outras opções caso a diplomacia fracasse”.

As autoridades israelenses têm pressionado os americanos e europeus a adotar uma postura dura com o Irã em Viena. Oliz ministro da Defesa israelense, Benny Gantz (foto à esquerda), disse que Israel havia compartilhado com seus aliados “informações que apontam para a corrida contínua do Irã em direção a uma arma nuclear enquanto viola o acordo de 2015″. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, que se encontrou com sua colega do Reino Unido, Liz Truss (foto à direita), em Londres, afirmou que havia informações de que o Irã pretendia continuar secretamente com seu programa nuclear, independentemente do resultado em Viena.

bagheriTruss chamou as negociações de Viena de “a última oportunidade para os iranianos virem à mesa” e concordar em retornar ao acordo de 2015. “Vamos analisar todas as opções se isso não acontecer.” O ministro do Exterior iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, disse que os Estados Unidos e seus aliados europeus “devem entender que esta oportunidade não é uma janela que poderia permanecer aberta para sempre”. Enquanto isso, o novo negociador nuclear do Irã, Ali Bagheri Kani (foto à esquerda), escreveu um artigo no Financial Times, da Inglaterra, dizendo que um acordo só será possível se os Estados Unidos estiverem dispostos a “pagar um preço” pela retirada de Trump, garantir que ela não se repita e fazer o primeiro movimento, removendo todas as sanções impostas desde 2015. O governo Biden disse que não vai cumprir essas condições.

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