INVESTIGAÇÃO APONTA ENVOLVIMENTO DE MINISTRO DA CASA CIVIL COM ESQUEMA DE DOAÇÕES DA OAS

jaques wagnerPor muitos anos abafada sob os bastidores da política, a suspeita proximidade entre parlamentares e empreiteiras vem à luz conforme avançam as investigações da Operação Lava-Jato. O mais novo envolvido nas análises da Polícia Federal (PF) é o atual ministro da Casa Civil Jaques Wagner (foto), que teria ajudado a negociar supostas doações de campanha com o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, preso por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobrás.

A investigação é baseada em mensagens de telefone interceptadas, que contém conversas diretas entre os dois e com outros interlocutores. Os investigadores suspeitam que os diálogos, ocorridos durante a segunda gestão de Wagner no governo da Bahia (2011-2015), seriam referentes a doações para a campanha do então candidato petista à prefeitura de Salvador, Nelson Pellegrino.

A suspeita é de que o ministro atuava em favor dos empreiteiros nas negociações, intermediando a relação entre a OAS e a campanha política. Segundo reportagem do Estado de São Paulo, a PF investiga se Wagner teria acertado o apoio de Mário Kertész (PMDB) ao candidato petista. No primeiro turno da eleição, Kertész foi adversário de Pellegrino na disputa pela prefeitura.

O cenário não é fácil para a OAS, que vem sendo citada em diversas frentes de investigação. Uma nova análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) tem apontado indícios que a empresa participou de um esquema ilícito junto ao Banco do Brasil. Entre os envolvidos no caso, que levou à compra de R$ 500 milhões em títulos de dívida da empreiteira, estaria o atual presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, que à época atuava à frente do banco.

Novamente, a troca de mensagens serve como base às investigações. De acordo com a PGR, o nome de Bendine consta em conversas de Léo Pinheiro com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e outros executivos da construtora, entre os anos de 2012 e 2014. O presidente da estatal teria participado de reuniões para definir a negociação junto à OAS, empresa que está no centro da Lava-Jato sob suspeita de pagar propinas em troca de favorecimentos.

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Marcus Meurer Schlosser

E pesa alguma dúvida quanto o favorecimento não só dele, quanto tantos outros também?
A máquina governamental, não faz economia alguma para desfigurar o óbvio!!

E o poveco de meleca, senta passivamente na “boneca” e ainda ri!!!