INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO SUBSEA PODEM CRESCER 38% NO MUNDO ATÉ 2020
HOUSTON – A retração da indústria global de óleo e gás vem pesando sobre projetos de exploração, mas o investimento em tecnologia está cada vez mais em alta no setor. Ao passo que a busca por processos eficientes impulsiona a inovação, as perspectivas são otimistas para os próximos anos: de acordo com a consultoria Infield Systems, os aportes em sistemas de produção subsea devem crescer 38% até 2020. Com demandas crescentes para empreendimentos na América Latina, África e América do Norte, a instalação de árvores de natal molhadas pode aumentar 45% em algumas regiões.
A análise foi divulgada esta semana em decorrência da OTC, que vem reunindo nomes de peso da indústria internacional em Houston, no Texas. Segundo a consultoria, o setor deverá concentrar maiores investimentos na África, que poderá superar as demandas da América Latina pelos próximos cinco anos. Entre os principais focos está Angola, que vem ampliando seus projetos junto a empresas como Total e BP e já concentra 53% dos campos exploratórios da região oeste do continente.
A América Latina, por sua vez, deverá representar 26% dos investimentos em subsea até 2020, impulsionados principalmente pelas operações offshore do Brasil, que somam 91% desse total de aportes. A indústria brasileira deverá continuar à frente de todos os outros países no recebimento de investimentos, ao passo que avança com projetos e novas demandas na região do pré-sal.
Juntos, África, América Latina e Europa passarão a somar 77% dos aportes mundiais em estruturas subsea, com 62% das instalações de árvores de natal molhadas. De acordo com a Infield Systems, o continente europeu terá sua participação elevada de 17% para 23% até 2020, enquanto a indústria africana estará na liderança com 30%. O mercado norte-americano, por sua vez, reflete ainda os impactos do baixo preço do barril e deve apresentar uma redução de 25% para 21% no período.
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