ISRAEL E LÍBANO INICIAM CONVERSAS EM BUSCA DE ACORDO SOBRE ÁREA RICA NA PRODUÇÃO DE GÁS NO MEDITERRÂNEO
Israel e Líbano estão discutindo a possibilidade, mesmo enfrentando um estado de guerra entre as duas nações, para fazer uma demarcação de fronteira marítima entre os dois países, ricos na produção de gás. As conversas foram mediadas por diplomatas norte-americanos, em um encontro realizado na sede da Força Interina das Nações Unidas, na cidade de Naqura, no Líbano. A reuNião foi um primeiro passo uma rodada de negociações que não tem prazo para terminar. Deve ser longa, pelos problemas entre os dois países que estão formalmente em estado de guerra. Eles disputam o controle de uma zona marítima de 330 milhas quadradas localizada no mar Mediterrâneo, situada sobre reservas de petróleo e gás no leito do mar Mediterrâneo.
O governo americano havia imposto sanções contra políticos ligados ao Amal, partido ligado ao governo libanês e contra principal aliado do grupo xiita Hezbollah no Parlamento libanês. Para os libaneses, há um interesse dos Estados Unidos em fazer um acordo para usar como trunfo nas eleições do mês em benefício da reeleição de Donald Trump. Apesar dos libaneses participarem da reunião, não pareceram muito dispostos na divulgação das informações. Nem foto oficial, os libaneses quiserem tirar.
lideranças do Hezbollah, grupo político xiita libanês que conta com um braço armado influente, disseram que a reunião deveria tratar exclusivamente do tema da demarcação da fronteira marítima e que um possível acordo não pode ir além da questão da demarcação, nem modificar a posição política libanesa em relação a Israel. Os israelenses pensam igual e também limitaram a agenda do encontro e só iniciaram negociações técnicas e indiretas, que representam um pequeno passo em uma longa jornada para demarcar nossas fronteiras ao sul do Líbano. A demarcação da fronteira poderá facilitar a exploração de petróleo e gás na zona marítima hoje disputada pelos países.
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