JEAN PAUL PRATES DIZ QUE PETROBRÁS JÁ CONDUZ AVALIAÇÃO INTERNA SOBRE A VENDA DA REFINARIA DE MATARIPE, A ANTIGA RLAM

coletiva_presidente_petrobras_jeanpaulprates_7_-_02-03-2023-300x200-1-300x200-300x200Mesmo já no apagar das luzes desta semana, o novo relatório da Controladoria Geral da União (CGU) sobre a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, movimentou os bastidores da Petrobrás. O presidente da companhia, Jean Paul Prates, recorreu ao seu perfil no X (antigo Twitter) para comentar sobre o caso. Ele disse que a Petrobrás já instaurou um “procedimento administrativo” para avaliação dessa transação.

Informo que essa questão [a venda da RLAM] está sob avaliação da Petrobrás, em diálogo com os órgãos de controle”, escreveu o presidente da companhia. “É importante esclarecer que já há procedimento administrativo instaurado para avaliação desse negócio específico, sob apreciação das áreas de integridade pertinentes na companhia”, acrescentou.

Prates declarou ainda que a legitimidade do controle externo de fiscalizar as atividades da Petrobrás é indiscutível e necessária, compondo o sistema de governança que protege a empresa. “As conclusões dos órgãos de controle, entre outras instituições de fiscalização e investigação, pautarão a atuação da empresa, e são cruciais para a preservação do patrimônio público e privado que representa a Petrobrás”, finalizou o executivo.

Para lembrar, a CGU emitiu nesta semana um relatório no qual afirma que a venda da RLAM foi realizada por um preço abaixo de seu valor real de mercado. Como se sabe, a planta foi negociada por US$ 1,8 bilhão ao fundo Mubadala Capital, em novembro de 2021, e depois foi rebatizada de Refinaria de Mataripe. A CGU diz em seu relatório que a precificação da refinaria usou “premissas excessivamente pessimistas”, já que foi feita durante a pandemia de covid-19.

Na esteira desse caso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) encaminhou hoje um ofício ao presidente  Jean Paul Prates com reivindicações relacionadas ao relatório da CGU. A entidade sindical pede uma investigação interna sobre eventuais irregularidades, conflitos de interesse e parâmetros adequados de avaliação na venda da RLAM. A FUP também pediu ainda a participação de um de seus representantes nessa comissão de investigação, bem como o afastamento preventivo dos gerentes que estavam envolvidos no processo de venda.

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