JOE BIDEN CANCELA CONTRATO DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM UMA ÁREA REMOTA DO ÁRTICO AUTORIZADO POR DONALD TRUMP
O respeito aos contratos anda meio abalado nos Estados Unidos ultimamente. A administração Joe Biden suspendeu os direitos de perfuração na região do Ártico, que foram vendidos durante a presidência de Donald Trump. Foi uma vitória dos ambientalistas, que argumentaram contra o desenvolvimento da indústria do petróleo numa remota região do Alasca, no Ártico. Uma ordem do Departamento do Interior emitida nesta quarta-feira (2), a agência suspendeu temporariamente a ação em nove arrendamentos, até que um novo estudo ambiental seja feito, em uma área que abrange uma cerca de 161 mil hectares, o equivalente a um corredor de 1 quilômetro de largura por 161 quilômetros de comprimento.
O Bureau de Gestão de Terras do departamento analisará as possíveis deficiências legais e impactos ambientais do arrendamento da área de exploração do petróleo. Apenas duas empresas petrolíferas e uma corporação de desenvolvimento econômico do Alasca participaram da compra do direito de exploração em trechos na planície costeira do Ártico. A conselheira climática nacional da Casa Branca, Gina McCarthy, chamou a medida de “um passo importante no cumprimento da promessa do presidente Biden de proteger o Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico”.
O presidente Joe Biden prometeu proteger permanentemente o refúgio durante a campanha do ano passado e, em seu primeiro dia no cargo, emitiu uma ordem executiva instruindo o Departamento do Interior a revisar as decisões de desenvolvimento de petróleo no Ártico por seu antecessor. Mas seu governo defendeu uma decisão separada da era Trump de dar luz verde a um enorme desenvolvimento de petróleo da ConocoPhillips Alaska, na Reserva Nacional de Petróleo da região.
A mudança foi celebrada pelo Comitê de Direção de Gwich’in, uma organização que representa os povos indígenas que não vivem no refúgio, mas subsistem da manada de Porcos-Espinhos que migra por ele. Bernadette Demientieff (foto à esquerda), diretora executiva do Comitê de Direção de Gwich’in, disse que “Depois de lutar tanto para proteger essas terras e o rebanho de Porcos-espinhos, confiando na orientação de nossos ancestrais e mais velhos, e na aliada de pessoas ao redor do mundo, podemos agora buscar novas ações por parte da administração e do Congresso para revogar o arrendamento. Há muito mais a fazer para proteger essas terras para as gerações futuras”.
Deixe seu comentário