JUIZ MORO SOLICITA BLOQUEIO DE R$ 60 MILHÕES DE PRESOS NA 16ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO

moroPresos nesta terça-feira (28), o presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e o executivo da empreiteira Andrade Gutierrez Flavio David Barra terão R$ 20 milhões, cada, bloqueados pela Justiça. O pedido foi feito pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Outros R$ 20 milhões, da Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda, também tiveram seu bloqueio solicitados. A empresa pertence a Othon Luiz.

A Operação Lava Jato chegou de vez ao setor elétrico com a prisão dos executivos. Além das duas prisões, a 16ª fase da operação também cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva. Batizada de Radioatividade, a ação contou com 180 policiais divididos em São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói e Barueri.

O presidente licenciado da Eletronuclear é acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 4,5 milhões em propinas, e estava afastado do comando da empresa desde abril deste ano, quando surgiram as primeiras denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa, a partir da delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. O executivo da empreiteira, que atualmente cumpre prisão domiciliar, afirmou à época que os pagamentos foram feitos por conta dos contratos de construção da usina Angra 3.

Durante o processo de delação, Avancini afirmou que a Camargo Corrêa foi informada em agosto de 2014 de que havia “compromissos” de pagamento de propina equivalentes a 1% dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear, o que foi negado à época pelo partido e pela estatal.

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Manuel Audaz
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Manuel Audaz

Prezado Juiz Moro,

Leis internacionais permitem rastrear a chegar a servidores fora do país.
Assemelha-se a dinheiro de sonegação depositados em bancos estrangeiros, o mesmo que rastrear informaçoes sobre tráfico de drogas, armas, mulheres, órgão humanos, terrorismo e etc.
A atitude desses advogados em “defesa” de seus clientes os tornam solidários a ilicitude.

Complemento a frase do Marcus;
Dinheiro não tem moral, não tem caráter, não tem nome e pouco se importa com os danos sociais.
Dinheiro não tem sangue nem miséria. Mas, dele se vale.