JUSTIÇA ACEITA DENÚNCIAS CONTRA GIM ARGELLO E MAIS OITO ACUSADOS NA OPERAÇÃO LAVA-JATO
Em meio às turbulências da política nacional, a Operação Lava-Jato segue seu rumo e acaba de dar um novo passo. O juiz federal Sérgio Moro aceitou, nesta terça-feira (10), as denúncias contra o ex-senador Gim Argello e outros oito investigados, que foram indiciados por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução à Justiça. A decisão, que torna os investigados réus no processo, poupou o empreiteiro Marcelo Odebrecht, que foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no final de abril.
Com a aceitação do processo pelo juiz Moro, caberá à Justiça Federal analisar os casos e decidir possíveis condenações. Além do ex-senador, estão incluídos nas denúncias Jorge Afonso Argello, Jorge Afonso Argello Júnior, Dilson de Cerqueira Paiva Filho, José Adelmário Pinheiro Filho, Paulo César Roxo Ramos, Ricardo Ribeiro Pessoa, Roberto Zardi Ferreira, Valério Neves Campos e Walmir Pinheiro Santana.
As denúncias contra Marcelo Odebrecht e ex-funcionário da construtora Cláudio Melo Filho não foram aceitas, segundo o despacho, “por falta de justa causa e sem prejuízo de retomada se surgirem novas provas”. Preso desde junho do ano passado, o presidente afastado da Odebrecht teve pedido de liberdade negado em 27 de abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão teve como base evidências de que o executivo poderia atrapalhar as investigações da Polícia Federal (PF).
O ex-senador Gim Argello, preso no último mês de abril, está detido atualmente no Complexo Médico-Penal de Curitiba. Citado na delação de Delcídio do Amaral, o parlamentar é acusado de envolvimento em esquemas de propina junto a empreiteiras que atuavam junto à Petrobrás. De acordo com os investigadores, há indícios de que Argello pediu R$ 5 milhões em propina à UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS.
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