PRESIDENTE DA ROSNEFT CRITICA ACORDO PARA CONGELAMENTO DE PRODUÇÃO E AFIRMA QUE OPEP PERDEU INFLUÊNCIA NO MERCADO

igor sechinA crise se agrava e o horizonte não é de melhora para os próximos meses na indústria global de óleo e gás. Em meio ao debate sobre um possível congelamento de produção, com foco na estabilização do preço do barril, os maiores países produtores não conseguem avançar em um acordo e o cenário acaba de pesar com um novo agravante. O presidente da estatal russa Rosneft, Igor Sechin (foto), afirmou nesta terça-feira (10) que se opõe à realização de um tratado nas atuais condições e teceu críticas à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que, segundo ele, perdeu quaisquer condições de influenciar o mercado internacional.

O que já não era fácil acaba de ganhar novos obstáculos. Ao passo que vinha avaliando um possível acordo com outros produtores para barrar a queda do barril, a Rússia dá agora um passo para trás e joga mais lenha na fogueira que vem criando tensões internas na Opep, principalmente entre Arábia Saudita e Irã. Em entrevista à Reuters, Sechin afirmou que uma série de fatores inviabiliza hoje a atuação do cartel para controlar o mercado.

O posicionamento da Rosneft faz coro aos novos caminhos traçados pelo governo saudita, que afastam cada vez mais a possibilidade de um congelamento internacional. Nesta segunda-feira (9), o país anunciou seu novo ministro do Petróleo, Khalid al-Falih, que já vinha atuando como presidente da Saudi Aramco e defende a regulação do mercado por meio dos preços baixos. Dessa forma, tudo indica que a Opep deverá apostar no equilíbrio natural do setor, com um acirramento na disputa por mercados consumidores.

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